15 dezembro 2019

mai văn phấn


1
Lời con dê

Hãy mở chuồng
Buông dao thớt
Để tôi về núi

1
Palavras de uma cabra

Abram a porta
larguem as facas
e deixem-me voltar à montanha


12 dezembro 2019

carla chinski




Mi madre no está muerta pero
su muerte me lleva
a un estado poético,
como si tuviera
espadas en vez de brazos
con los que luchar por ella.
Estoy maravillada
por el espectáculo de su cuerpo.
Me hace entrar en un ensueño:
estoy atenta a todas las cosas,
cada acción parece encadenarse
a la siguiente con la paciencia
de la línea en un verso nuevo.
Tengo la tentación
de verla con otros ojos,
no son los de una hija
sino de aquel que ama,
completamente desolados
y a la vez innecesarios.
Me asombro
por lo que puede hacer,
sabiendo que ella
florecida de vendas,
pronto acabará.
Caerán las bombas
sobre su bosque
construido de familia.
Mi compasión por ella
está atada a la sangre,
y eso es demasiado poco.
Pero si me acerco
puedo oír que a través suyo
murmura la muerte
en su propio estado poético:
solo entonces
escribiremos juntas.


A minha mãe não está morta mas
a sua morte leva-me
a um estado poético,
como se tivesse
espadas em vez de braços
para lutar por ela.
Estou maravilhada
com o espetáculo do seu corpo.
Faz-me entrar num sonho:
estou atenta a todas as coisas,
toda a ação parece encadear-se
à seguinte com a paciência
da linha num verso novo.
Tenho a tentação
de a ver com outros olhos
não são os de uma filha
antes de quem ama
completamente desolados
e ao mesmo tempo desnecessários.
Surpreendo-me
com o que pode fazer,
sabendo que ela
desabrochada de vendas,
rapidamente acabará.
Cairão as bombas
sobre o seu bosque
construído por família.
A minha compaixão por ela
está engajada ao sangue
e isso é demasiado pouco.
Mas se me aproximar
consigo ouvir que através de si
murmura a morte
no seu próprio estado poético:
só nessa altura
escreveremos juntas.


09 dezembro 2019

ana maría rivas


Mother

«Oh madre oscura, hiéreme
con diez cuchillos en el corazón»
P. Neruda

I
Madre: ¿has escuchado tu voz los últimos años?
¿Sabes acaso que has perdido
tu nombre
tu edad
y tus sueños?
Te cambiaron los ojos por dardos
los dedos por gusanos
y los pies por estacas.

Te llamo madre porque no sé decirte de otro modo.
No puedo llamarte mujer ni anciana ni monstruo.

El café desborda en la cocina
y te has quedado dormida frente al tele.
Han pasado siglos y tus huesos siguen habitando la sala,
la tierra en la boca, el veneno en tus párpados.

Madre, ¿dónde guardaste las píldoras del insomnio?
En estos días necesito
coserme los ojos y esperar la muerte.

Mother

«Oh mãe escura, atinge-me
com dez facadas no coração
P. Neruda

I
Mãe: Ouviste a tua voz nos últimos anos ?
Sabes por acaso que perdeste
o teu nome
a tua idade
e os teus sonhos?
Trocaram-te os olhos por dardos
os dedos por vermes
e os pés por estacas.

Chamo-te mãe porque não sei dizer-te de outro modo.
Não consigo chamar-te mulher nem anciã nem monstro.

O café transborda na cozinha
ficaste a dormir diante da televisão.
Passaram-se séculos e os teus ossos continuam a habitar a sala,
a terra na boca, o veneno nas tuas pálpebras.

Mãe, onde guardaste os comprimidos para dormir?
Nestes dias preciso
de coser os meus olhos e esperar a morte.



06 dezembro 2019

leyla patricia quintana


Mis días

Habito en el corazón de la chiltota,
las mañanas rocían las sonrisas del viento,
un desdentado viejo balbucea maldiciones
a la aurora porque le ha comido el sol.

Camino por los rincones más dolorosos de la humanidad.
Las serpientes mutilan sol a sol el canto del gorrión,
almuerzo soledades.

Ahogo mi sed en el silencio del llanto maternal
miseria en el vientre del pueblo encuentro.
Y finalmente me desnudo el alma
para dormir en estrepitosos sustos
de bombas y metrallas,
donde la noche se llena de lobos
y mitos de hombre, matan esperanzas.


Os meus dias

Habito no coração do pássaro vermelho
as manhãs lavam os sorrisos do vento
um velho desdentado balbucia maldições
contra a madrugada por lhe ter comido o sol.

Caminho pelas sendas mais dolorosas da humanidade.
As serpentes mutilam sol a sol o canto do pardal,
almoço solidão.

Afogo a minha sede no silêncio do pranto maternal
miséria no ventre do povo encontro.
E finalmente dispo a alma
para dormir em terríveis sustos
de bombas e metralhas
onde a noite se enche de lobos
e mitos de homem, matam esperanças.



03 dezembro 2019

jenny bernal


Selfie

Yo, que no tengo senos grandes
ni anchas caderas,
descubrí que el cuerpo es una avenida extranjera
por la que va cómodo el tiempo
y no requiere de grandes extensiones
para atrapar algunas estrellas,

precisa de una ruta clara por la que vayan sin extraviarse los caminantes

Al igual que todos tengo un disfraz
que se estremece ante el frío o el miedo
que se dora con el exceso de día.

Yo, que me tomo una foto cada tres meses
encontré que no tengo planos buenos ni aceptables
y no me importa,
pero tengo los ojos abiertos por si se quedan en las pupilas algunas historias
y así, si se fijan bien, tengo escrito en los ojos
algunas bellezas y tantas palabras enredadas
que atravesarlas también resulta un misterio.

Yo, que poco le creo a los estereotipos también parezco uno
cuando la vela apacigua la llama
y se refleja mi sombra en el espejo del mundo.

Selfie

Eu que não tenho seios grandes
nem ancas largas,
descobri que o corpo é uma avenida estrangeira
pela qual corre confortável o tempo
e não requer grandes extensões
para colher algumas estrelas,

precisa de uma rota clara por onde os caminhantes possam ir sem extravio

Tal como todos tenho um disfarce
que estremece perante o frio ou o medo
que grelha com o excesso de dia.

Eu que me retrato de três em três meses
dei conta que não tenho planos bons nem aceitáveis
e não quero saber,
mas tenho os olhos abertos caso se retenham nas pupilas algumas histórias
e assim, se se fixam bem, tenho escrito nos olhos
algumas belezas e muitas palavras enredadas
cujo atravessamento também resulta em mistério.

Eu, que pouco creio em estereótipos também pareço um
quando a vela apazigua a chama
e reflete a minha sombra no espelho do mundo.



30 novembro 2019

estefanía renderos


I
Prefacio

Nunca aprendí a guardar silencio
como tampoco a montar la bicicleta.

He perdido ya varios de mis dientes
y enredado alguna vez mi cabello con el amor de las hiedras.

Estoy frente a todos ustedes
que quieren verme de cara contra el cemento,
estoy contra todos ustedes
que han visto cómo he fracturado cada parte de mi cuerpo
pero que desconocen, cómo he cuidado el filo de mi lengua.

Hoy vengo a decir: todas las palabras que aprendieron a caminar,
a pedalear sobre sus pechos: las piedras que yo tuve en la cara.

I
Prefácio

Nunca aprendi a ficar calada
nem sequer a andar de bicicleta.

Já perdi muitos dos meus dentes
e algumas vezes armei os meus cabelos com o amor das heras.

Estou diante de todos vós
que querem ver-me de frente contra o cimento,
estou contra todos vós
que viram como fraturei cada parte do meu corpo
mas que desconhecem o modo como tratei o fio da minha língua.

Hoje venho dizer: todas as palavras que aprenderam a caminhar,
a pedalar sobre os seus peitos: as pedras que tive na cara.



27 novembro 2019

victoria colaj


Nuchapon oq’ej, chupan re jun ruwach’ulew re’ majunchik niseqer ta
Ruwäch ri ya man niq’alajin ta, yinoq’
Ri runaq’ awäch kan achi’el richin tz’ikin, xechup
Nuchapon oq’ej, ri ka’j chuqa janila ntoq’ rik’in b’is
Paruwi ri ponom ixim ninlukub’a jub’a ri nub’is
Nuchapon oq’ej, wakami ri kamik xukusaj ri a pay’aj, chuqa ri axajab’
Ninq’ab’arisaj ri wanima, chuqa xuweq ri’ ri tiqaq’ij ri niwär wi. Ri kamik, ayyy! kan achi’el jantape’

Nuchapon oq’ej

Estou a chorar, nesta terra deixou de amanhecer.
O rosto da água não se vê, estou a chorar.
Apagaram-se os teus olhos de pássaro cantor.
Estou a chorar, o céu triste também chora muito.
Em cima do milho torrado encosto um pouco a minha tristeza.
Estou a chorar hoje a morte como sempre pôs o teu chapéu e as tuas alpergatas.
Embriagou-me o coração e vestiu-se de entardecer adormecido. A morte, ai, sempre tão diminuta

Estou a chorar.

24 novembro 2019

julia magistratti


Las partes

Lleva una soga en la mano
y la soga lleva una vaca entristecida.
Todas las vacas del mundo están entristecidas.
Y si sucede la soga y la vaca,
también sucede el hombre, velado de un ojo,
cantado en la madrugada por los gallos.
El ojo que le falta soy yo que lo miro,
y todo mi cuerpo tiene presión de ojo, viaje de iris,
y me vuelvo absoluta
porque miro a un hombre, una soga y una vaca.
Siempre somos la parte que a otro le falta.
Alguien puede ser ahora las manos que he perdido;
mi mente soplada por vientos que también son de la tierra, pero que suceden adentro,
y mi corazón.
Alguien que tenga un músculo puede ser mi corazón
que me sobra y me falta;
que de madrugada, cuando los gallos cantan,
se abisma
y acontece lejos su abeja entre las flores.
Alguien puede tener lo que nos falta.
Yo tengo ahora un deseo demasiado grande
que se vuelve
hombre,
soga
y vaca entristecida.


As partes

Leva uma corda na mão
e a corda leva uma vaca entristecida
Todas as vacas do mundo estão entristecidas.
E se tal se passa com a corda e a vaca
também acontece com o homem, velado de um olho,
cantado na madrugada pelos galos.
O olho que lhe falta sou eu que o vejo
e todo o meu corpo tem pressão de olho, viagem de íris,
e torno-me absoluta
porque olho para um homem, uma corda e uma vaca.
Somos sempre a parte que ao outro falta.
Alguém pode ser agora as mãos que perdi;
a minha mente soprada por ventos que também são da terra mas acontecem dentro,
e o meu coração.
Alguém que tenha um músculo pode ser o meu coração
que me sobra e me falta
que de madrugada, quando os galos cantam,
se abisma
e passa longe a sua abelha entre as flores
Alguém pode ter o que nos falta.
Tenho agora um desejo demasiado grande
que se torna
homem,
corda
e vaca entristecida.

21 novembro 2019

agostina sulpizii


yo quiero ser una Amazona conurbana,
desnuda y llena de barro,
llevar una navaja entre los dientes.
quiero entregarme entera y devenir pantera,
ser la suciedad del barrio,
la flor mas delicada del jardín:
una dalia dorada.
quiero salir con todas las chicas,
beber de su saliva,
montarlas como yeguas.
quiero no salir jamás de mi cuarto,
no cruzar palabra,
enmudecer para volverme
el silencio del bosque,
el espíritu de una piedra.
quiero todo,
me realizo en cuadernos,
en el sonido de las teclas transcribiendo mi mensaje,
voy a explotar inflamada en perfume,
a prender un pucho
para incendiarme entera
y ser el humo dulce
que puedan respirar
en los patios del verano.

quero ser uma Amazona conurbana,
nua e cheia de lama,
andar com uma navalha nos dentes
quero entregar-me inteira e tornar-me pantera,
ser a imundície do bairro,
a flor mais delicada do jardim :
uma dália dourada,
quero sair com todas as miúdas,
tragar a sua saliva,
montá-las como éguas,
quero nunca sair do meu quarto,
não estar no paleio,
emudecer para me tornar
o silêncio do bosque,
o espírito de uma pedra,
quero tudo,
realizo-me em cadernos,
no som das teclas transcrevendo a minha mensagem,
vou explodir inflamada em perfume
acendendo um cigarro
para me incendiar inteira
e ser o fumo doce
que se possa respirar
nos pátios do verão.


18 novembro 2019

paola r. senseve t.


1
hace mucho que no hago nada, mamá
ningún movimiento muscular
o espásmico

soy un cúmulo de resistencia
rumiando un relámpago que no llega
esperándolo
para poder escribir
y rotar sobre mi propio eje genético

un segundo después de tu muerte, abuela,
nuestros cuerpos se van a tornar
en cristal

en plastilina sumergida en agua
o en el rigor de una espera
infectada por la impaciencia

hace meses que no hago nada, mamá
nada que te pueda inflar el pecho de orgullo

me he limitado a sacar la basura
en bolsas negras
a masticar carbohidratos
a imaginar qué haremos el día
en que el cuerpo de mi abuela
se desintegre en luz que
posteriormente se posará
con todo su peso

sobre nuestras narices


1
há muito que não faço nada, mãe
nenhum movimento muscular
o espasmódico

sou um cúmulo de resistência
ruminando um relâmpago que não deflagra
à sua espera
para conseguir escrever
e girar sobre o meu próprio eixo genético

um segundo após a tua morte, a,
os nossos corpos transformar-se-ão
em vidro

em plasticina imersa em água
ou no rigor de uma espera
infetada pela impaciência

há meses que não faço nada, mãe
nada que te possa inchar o peito de orgulho

limitei-me a meter o lixo
em sacos pretos
a mastigar hidratos de carbono
imaginando o que faremos no dia
em que o corpo da minha avó
se desintegre em luz que
posteriormente pousará
com todo o seu peso

em nosso redor aromático


15 novembro 2019

stevie smith


(Why does my Muse only speak when she is unhappy?
She does not, I only listen when I am unhappy
When I am happy I live and despise writing
For my Muse this cannot but be dispiriting.)


( Porque será que a minha Musa só fala quando está infeliz?
Não é isso que ela faz, sou eu que apenas a oiço quando estou infeliz
Quando estou feliz, vivo e não quero saber da escrita
Para a minha Musa isto só pode ser deprimente )


12 novembro 2019

terze caf


Un soir,
Avant de manger mon orange,
Je serai tuée ;
Il est aussi possible
Qu’avant de prendre un peigne
Pour mes cheveux légers,
Condamnée,
Je serai coupée en morceaux ;

Quand arrive la guerre,
Elle me reconnaît à l’odeur,
Et de loin, pousse un cri.
C’est la petite fille en blanc
Dans le feu, qui se moquait de mes idées.


Em uma noite,
antes de comer a minha laranja,
matar-me-ão;
Também é possível
que antes de pegar num pente
para os meus cabelos finos,
condenada,
cortar-me-ão em pedaços;

Quando a guerra chega
reconhece-me pelo cheiro,
e ao longe emite um grito.
É a rapariguinha em roupa branca
No fogo, que gozava com as minhas ideias.

09 novembro 2019

ingrid bringas


Correspondencia Privada

La última conversación con mi padre
fue sobre el patio de la casa, miraba lentamente
el árbol
las cerraduras oxidadas, el decía: alguien me espera
como si estuviera en un sueño permanente
y la piel arrugada por el sol
la luz de su lenguaje,
parecía no tener prisa en cada una de sus palabras
pero las palabras se fueron haciendo cenizas
caía el sol sobre las plantas
diluyéndolo todo,
una tarde que alguna vez fue su voz interior
alguna vez fue mi padre
alguna vez fue verano
un eco se apagaba lentamente con el canto de las aves
como la tarde con el pico quebrado.


Correspondência Privada

A última conversa com o meu pai
foi sobre o pátio da casa, olhava lentamente
para a árvore
os cadeados oxidados, ele dizia : alguém me espera
como se estivesse num sonho permanente
e com a pele enrugada pelo sol
a luz da sua linguagem
parecia não ter pressa em cada uma das suas palavras
mas as palavras foram-se desfeitas em cinza
caía o sol nas plantas
diluindo tudo,
uma tarde que uma vez foi a sua voz interior
uma vez foi meu pai
uma vez foi verão
um eco apagava-se lentamente com o canto das aves
como a tarde com o bico partido.

06 novembro 2019

maría auxiliadora álvarez


usted nunca ha parido

no conoce
el filo de los machetes
no ha sentido
las culebras del río
nunca ha bailado
en un charco de sangre querida
doctor
no meta la mano tan adentro
que ahí tengo los machetes
que tengo una niña dormida
y usted nunca ha pasado
una noche en la culebra
usted no conoce el río


vossemecê nunca pariu

não conhece
a lâmina das catanas
não sentiu
as cobras do rio
nunca dançou
num charco de sangue amado
doutor
não meta a mão tão dentro
que aqui tenho as lâminas
que tenho uma criança adormecida
e vossemecê nunca passou
uma noite na cobra
vossemecê não conhece o rio

03 novembro 2019

sab alegre



fiebre

un día tuve fiebre
y recordé un sueño recurrente
que tenía cuando era niña
un sueño que nunca puedo explicarle a nadie

un sueño decorado con baldosas azules
y pinceladas rosas en todas sus dimensiones
un sueño donde una mujer de cabello rubios
levantaba un papel ajeno del suelo
y en esa leve acción el mundo se destruía
sólo por levantar
lo que otro había dejado caer

desde ese día
no dejo de pensar
que la experiencia de la salvación
es un acto para pocos


febre

um dia tive febre
e lembrei-me de um sonho recorrente
que tinha quando era criança
um sonho que nunca consigo explicar a ninguém

um sonho decorado com azulejos azuis
e pinceladas rosa em todas as suas dimensões
um sonho em que uma mulher de cabelo loiro
levantava um papel estendido no chão
só por levantar
o que outro tinha deixado cair

desde esse dia
não deixo de pensar
que a experiência da salvação
é um ato para poucos



31 outubro 2019

danielle madrid-malone


Al nombrar las afueras de una urbanización familiar clase-media,
los solares se hacen bosques.
En los bosques de goteo pasan cosas terribles,
justo en la maraña de carteles de se vende, se vende parcela, se vende parcela para 4 inmuebles.

Este es el principio del relato,
el momento en que los músicos
guardan sus peines y se miran.

He ahí la prueba.

¿Ves ese árbol?
Queda la guirnalda de un muchacho, el holograma que cuelga.

(La brisa y los elementos naturales no guardan decoro, en general)

En la escritura
los ahorcaditos
son versos de cabo roto.

¿Cuál era la melodía inicial?
Ya sé, ya sé: la mujer pasa y se le agrieta la frente.


Ao nomear os subúrbios de uma urbanização familiar classe-média
As clareiras tornam-se florestas.

Nos bosques de gotejamento passam-se coisas terríveis,
precisamente no emaranhado de cartazes de venda, vende-se parcela, vende-se parcela para 4 imóveis.

Este é o princípio da narrativa
o momento em que os músicos
recolhem os seus pentes e se olham.

Está aqui a prova

Estás a ver esta árvore ?
Resta a coroa de flores de um rapaz, o holograma pendurado.

(A brisa e os elementos naturais não têm decoro, geralmente)

Na escritura
os enforcados são versos de corda partida.

Qual era a melodia inicial ?
Já sei, já sei : a mulher passa