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27 agosto 2022

elena bulsara huitimea

 

Nos gustan las personas que ya no buscan nada


Repito tu nombre con las manos en el sexo

y aun así no planeo que me escuches

Anhelo esos labios tristes en la gris noche de tu rostro

He besado tantas bocas

pero ninguna ha dormido entre mis brazos

conocido mi sazón

o danzado con amor sobre mi vientre

Lo he sabido muchas veces

que esos ojos tuyos

suponían ser barco de mis centros

tragos en diciembres

Una vez

o dos o tres

me dijeron que yo no era suficiente mar

Y volvió la marea alta a escupirme entre las personas

con lágrimas de cerveza

y labios desconocidos


Repito tu nombre

te llevo a un lugar que no existe

Esta es mi cueva

Repaso tu mirada abismal

tus preferencias en brandy barato

tus pies firmes en el patio de servicio

para no olvidar las veces que te creí besarme

Repaso

tus manos

tus deseos

tu tiempo

Escucho el horizonte que silba tu nombre

Me explica que ya no me buscas

que nunca lo hiciste

Lo que te digo, aquí, en este momento

se lo traga el silencio

el que siempre estuvo entre nosotros.




Gostamos das pessoas que já não procuram nada


Repito o teu nome com as mãos no sexo

e mesmo assim não planeio que me escutes

Desejo esses lábios tristes na noite cinza do teu rosto

Beijei muitas bocas

mas nenhuma dormiu entre meus braços

conheceu o meu fõlego

ou dançou com amor sobre o meu ventre


Soube muitas vezes

que esses teus olhos

supunham ser barco dos meus meios

bebidos no inverno

Uma vez

ou duas ou três

disseram-me que eu não era suficiententemente mar

E voltou a maré alta a cuspir-me entre as pessoas

com lágrimas de cerveja

e lábios desconhecidos


Repito o teu nome

levo-te a um lugar que não existe

Esta é a minha caverna

Repasso o teu olhar abismal

as tuas preferências por brandy barato

os teus pés firmes no pátio de serviço

para não esquecer as vezes que pensei que te tinha beijado

Revisito

as tuas mãos

os teus desejos

o teu tempo

Escuto o horizonte que assobia o teu nome

Explica-me que já não me procuras

que nunca me procuraste

O que te digo, aqui, neste momento

é engolido pelo silêncio

esse que sempre esteve entre nós.