Vorsichtige Hoffnung
Weiße Tauben
im Blau
verbrannter
Fensterhöhlen,
werden die Kriege
für euch geführt?
Weiße Taubenschnur
durch die leeren
Fenster
über die
Breitengrade hinweg.
Wie Rosensträucher
auf Gräbern
achtlos nehmt ihr
das Unsre.
Auf den mit Tränen
gewaschenen Stein
setzt ihr das kleine
Nest.
Wir bauen neue
Häuser,
Tauben,
die Schnäbel der
Krane ragen
über unseren
Städten,
eiserne Störche,
die Nester für Menschen richten.
Wir bauen Häuser
mit Wänden aus
Zement und Glas
an denen euer rosa
Fuß
nicht haftet.
Wir räumen die
Ruinen ab
und vergessen die
äußerste Stunde
im toten Auge der
Uhr
Tauben, wir bauen
für euch:
ihr werdet
durch unsere Fenster
fliegen
ins Blau.
Und vielleicht sind
dann ein paar Kinder da
—und das wäre
sehr viel— ,
die unter euch
in den Ruinen
unserer neuen
Häuser,
der Häuser, die wir
mit den hohen Kranen
den Tag und die
Nacht durch bauen,
Verstecken spielen.
Und das wäre sehr
viel.
Cautelosa
esperança
Pombas
brancas
no
azul,
espaços
vazios de janelas queimadas
foram
as guerras travadas por ti?
Detrás
da janela vazia
sobre
as latitudes de fora
uma
linha de pomba branca.
Como
roseiras em nossas tumbas
que
adquires sem atenção
coloca
o pequeno ninho
na
pedra lavada com lágrimas.
Construimos
novas casas,
pombas
saem
dos picos das gruas
sobre
a nossa cidade
cegonhas
de aço que para nós nidificam.
Construimos
casas
com
paredes, cimento
e vidros
que
não tocam
nossos
pés de rosas.
Entulhamos
as ruínas
e
esquecemos a hora urgente
no
olho morto do relógio.
Pombas,
construimos para vós,
que
deveis
no
azul
voar
até às nossas janelas.
E
talvez haja um par de crianças por aí
- e
isso já seria muito -
que
debaixo de nós,
nas
ruínas
das
nossas novas casas,
as
casas que com altas gruas
se
constroem dia e noite
brinquem
escondidas.
E
isso já seria muito.