cuando mi cuerpo sea el cuerpo de la ausencia
proliferadas palomas salidas del sillar cubrirán la
plaza de armas las gentes sin suelo darán testimonio
de los picos en movimiento alfombrando el andar
ahora mismo se escucha el latir del corazón de la
mañana despedirse mis adentros al sentir todo
tan vivo alrededor hacen que me vuele un suave
concierto espiritual despidiendo la marcha flores
de fuego bailando viento agitando el aire canto
boreal en lenguas desconocidas se vive muriendo
para renacer inesperadamente dentro y fuera del
instante un parpadeo todo lo escrito se diluye
lágrimas negras contaminando la hoja blanca
más tarde café diarios realidad mañana salgo de
viaje enviaré una postal desde el centro del fuego
quando o meu corpo for o corpo da ausência
proliferadas pombos saídas das pedras cobrirão a
praça de armas as pessoas sem abrigo darão testemunho
dos bicos em movimento alcatifando o andar
agora mesmo escuta-se o bater do coração da
manhã a despedir-se dos meus dentros ao sentir tudo
tão vivo em volta fazem-me voar um suave
concerto espiritual despedindo a marcha flores
de fogo dançando vento agitando o ar canto
boreal em línguas desconhecidas vive-se morrendo
para renascer inesperadamente dentro e fora do
instante um pestanekar todo o escrito se dilui
lágrimas negras contaminando a folha branca
mais tarde café jornais realidade amanhã vou de
viagem enviarei um postal do centro do fogo