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20 julho 2022

cathy garcia

 

Si j’écris donc, je vais mot dire. Cris, clameurs, siècles, foules et le chuchotis d’une fleur.

C’est vrai, un rouge-gorge peut m’arracher des larmes. Une mésange au soleil. Du pain trempé, une flaque d’eau. Douce lumière du présent parfait. Le sourire intérieur s’épanche aux lèvres.

Partager ? Alors j’écris, je te parle, du fleuve, du cœur. Je te parle du labyrinthe et je crois savoir que tu m’attends là. Au centre, au cœur de la cible.

Noces dans un jardin adossé à la dormance. Érosion de l’épice. Mon nom tracé au parfum.

La conscience décousue rayonne. Une volupté violente gicle des fissures d’enfance.

Tout se fond, se confond, ombres dans la nuit. Périple vers la gorge douce et verte des grottes tapissées d’eau. Le château et la source, autobus de mes rêves, bouton à presser d’un blanc de lait.

Je cherche un lieu qui me cherche.

Aide-moi, ouvre-moi, sors-moi de ce trou où je suis tombée ! J’ai cru un instant, oui je t’ai cru. Je navigue seule pourtant. Je devine des sons, des mots, des odeurs, des sensations. Les vastes possibles…

Pourquoi cet entêtement ? Je me tords en point d’interrogation. Vertige de lettres. Je voudrais parfois être normale, c’est-à-dire comme tout le monde, mais comment font-ils ?

Dites-moi, comment font-ils pour avoir cet air-là ? Rien ne les étonne ? Tout est déjà pesé, soupesé. Rien qui n’ait son étiquette ?

Je les arrache celles qu’on m’a collées, je les déchiquette.



Se escrever, vou então dizer palavra. Gritos, clamores, séculos, multidões e sussurros de uma flor.

Verdade, um batom pode arrancar-me lágrimas. Um borrego ao sol. Pão molhado, uma poça de água. Doce luz do presente perfeito. O sorriso interior espalha-se pelos lábios.

Partilhar? Entãoescrevo, falo-te, sobre o rio, sobre o coração. Falo-te sobre o labirinto e julgo saber que tu estás lá à minha espera. No centro, no coração do alvo.

Bodas em um jardim encostado à dormência. Erosão da especiaria. Meu nome traçado em perfume.

A consciência descozida irradia. Uma voluptuosidade violenta jorra das fendas da infância.

Tudo se funde, se confunde, sombras na noite. Périplo para a garganta macia e verde das grutas cobertas de água. O castelo e a fonte, autocarro dos meus sonhos, botão para espremer com uma clara de leite.

Procuro um lugar que me procura.

Ajuda-me, abre-me, tira-me deste buraco onde caí! Acreditei por um momento, sim, acreditei em ti. No entanto, navego sozinha. Adivinho sons, palavras, cheiros, sensações. As vastas possibilidades...

Porquê esta teimosia? Estou a contorcer-me em ponto de interrogação. Vertigem de letras. Às vezes, gostaria de ser normal, como todo mundo, mas como é que eles fazem?

Digam-me, como é que eles conseguem pôr aquela cara? Nada os surpreende? Já está tudo pesado, ponderado. Nada que não tenha o seu rótulo?

Arranco as que me foram coladas e desfaço-as.