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12 julho 2020

loreto sesma


Nana para niñas tristes

Adivina, adivinanza
¿Corazon no late y parece romperse?
Muerte.
Siente que no quiere seguir bailando
que lleva toda su vida luchando.
Se siente como el salmón
que se agota de nadar contracorriente.
Amar a veces conlleva eso
Un peso en los pies que te hace aplastar las margaritas
a las que algunas niñas arrancan pétalos
para saber si las quieren.
Parar de andar en mitad del desierto,
dejar de nadar en busca de una orilla.
Abandonar el juego y dejarle a ella ganar.

Adivina, adivinanza
¿La niña duerme o está muerta?
La pequeña del juego, mi pequeña
lleva los ojitos tristes
hasta cerrados parecen amargos.
Has perdido la última moneda que te quedaba
rascando ese premio y te ha vuelto ha salir ese
otra vez será.
Maldita moneda,
maldita y puta suerte
tírala,
no entiendes
por qué no creemos en la mala suerte de los saleros caídos
pero sí en los tréboles de cuatro hojas
o por qué no creemos en la lotería
pero seguimos pidiendo deseos a las estrellas fugaces.
La otra noche vi una
cerré los ojos
deseo
que te quedes.
Aquí dentro sigue estando oscuro
Abre la ventana, por favor.
No puedo despegar los párpados
No consigo despertar
No quiero abrir los ojos
El dolor es un hilo muy fino
que si lo extiendes,
corta
como el cristal de un vaso roto
y ya me da igual si medio lleno
o medio vacío.

Llevo toda mi vida esperando que ganen los buenos
pero quizás 
soy demasiado niña
para entender el cuento.
Solo sé que a veces
yo soy mi propio precipicio,
mi eterna caída
Libre.

No duermo,
no soy nadie,
no soy suficiente.
Duerme
mañana no será otro día si no has dormido suficiente.
Valiente, valiente, valiente
repítetelo hasta creerlo.

Créeme, miento
pero has de saberlo.
Que puedes, 
que puedes con todo.

Y como una nana,
repitiéndolo,
Me duermo.

Babá para meninas tristes

Adivinha, adivinhança
O coração não bate e parece partido?
Morte.
Sente que não quer continuar a dança
que leva toda a sua vida a lutar.
Sente-se como o salmão
exausto de nadar contra a corrente.
Amar às vezes implica isso
Um peso nos pés que te faz esmagar as margaridas
a quem algumas meninas arrancam pétalas
para saber se gostam delas.
Parar de andar no meio do deserto,
deixar de nadar à procura de uma margem.
Abandonar o jogo e deixá-la ganhar.

Adivinha, adivinhança
A menina dorme ou está morta?
A pequena do jogo, a minha pequena
tem os olhinhos tristes
até fechados parecem amargos.
Perdeste a última moeda que tinhas
raspando esse brinde e voltou a sair-te o
para a próxima.
Maldita moeda,
maldita e merdosa sorte
atira-a,
não percebes
porque não acreditamos na má sorte dos saleiros caídos
mas sim nos trevos de quatro folhas
ou porque não acreditamos na lotaria
mas continuamos a pedir desejos às estrelas fugazes.
Na outra noite vi uma
fechei os olhos
desejo
que fiques.
Aqui dentro continua a estar escuro
Abre a janela, por favor:
Não consigo descolar as pálpebras
Não consigo acordar
Não quero abrir os olhos
A dor é um fio muito fino
que se for esticado
corta
como o vidro de um copo quebrado
e não importa se meio cheio
ou meio vazio.

Levo a minha via toda esperando que ganhem os bons
mas talvez seja demasiado infantil
para compreender a narrativa
Apenas sei que às vezes
eu sou o meu próprio precipício
a minha eterna queda
Livre.

Não durmo
não sou ninguém,
não sou suficiente.
Dorme
Amanhã não será outro ia se não tiveres dormido o bastante.
Valente, valente, valente
repete até acreditares.

Acredita, minto
mas tens de saber.
Que consegues,
que consegues tudo.

E como uma babá,
repetindo
Adormeço