Mostrar mensagens com a etiqueta leonor olmos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta leonor olmos. Mostrar todas as mensagens

20 maio 2018

leonor olmos


21
– ay mamita ya no nos tocó, será para los que vienen – iluminarán el cielo entre nosotros / siempre en vivo & en directo : así el horror se cuele por los aires / así se derrame : se encienda : en el estómago los hijos de saturno s.a. / dividen la piel & destrozan este envase en un medio controlado, en un sistema controlado : se puede enfermar desde adentro / llorar desde adentro / unir los pedacitos – doparlos / masticarlos : ser saliva / ser saliva y no ser sangre

………….madre, en mi sangre todo es hueco todo es frío, yo lo supe desde niña : ahora 8 horas las dedico a consumirme entre pálidas paredes fijando la memoria, en un punto lejano : consumido / devastado

………….1.1.- corrijo así, siglos de obediencia : de peste : de campos – nidos / de cuerpos que tuvieron que morirse / que tuvieron perderse,

………….1.2.- porque el poema viene del futuro : como un charquito de estrellas, de pulsiones : de monstruos que hablan despacito / de lenguas que cavan demasiado / de lenguas que suponen / que habitan / que insisten / en cortar un cuello

………….en cortar una boca con instrumentos de piedras y de metal / a pedacitos, lentamente a pedacitos, entre nosotros, casi absortos, alucinados

………….1.3.- porque el poema viene del futuro / huérfano de padre y madre : huérfano pero habitable por bombas, por latidos _ por sangre _ por aullidos _ por hilados, dentro de tus blancas piernas de tus morenas piernas (los poemas mamita chupan la sangre

y dejan los huesos / chupan la piel y dejan el hambre / y los pixelan / y los cuelgan en la nube – monstruo

………….en la nube – poema, unir los pedacitos, las imágenes del horror / éste es mi cuerpo perdido ; nido de cyborgs y serpientes )

21
- ai mamã não foi para nós, será para os que vêm – iluminarão o céu ebtre nós / sempre ao vivo e em direto : assim o horror infeste os ares / assim se derrame : se avenda : no estômago dos filhos de saturno, s. a. / dividem a pele e destroçam esta embalagem em meio controlado, num sistema controlado : pode adoecer-se a partir de dentro / chorar a partir de dentro / colar os cacos – dopá-los / mastigá-los : ser saliva / ser saliva e não ser sangue

mãe, em meu sangue tudo é buraco tudo é frio, sei-o desde criança : agora dedico 8 horas a consumir-me entre pálidas paredes fixando a memória num ponto longínquo : consumido / devastado

1.1.- corrijo, assim, séculos de obediência : de peste : de campos – ninhos / de corpos que tiveram de morrer / que tiveram de se perder,

1.2.- porque o poema vem do futuro : como uma poça de estrelas, de pulsões : de monstros que falam devagar / de línguas que cavam muito / de línguas que julgam / que habitam / que insistem / em cortar o pescoço

em cortar uma boca com instrumentos de pedras e metal / aos bocadinhos / lentamente aos bocadinhos / entre nós, quase absortos, alucinados

1.3.- porque o poema vem do futuro / órfão de pai e mãe : órfão mas habitável pelas bombas, pelos batimentos_pelo sangue_por uivos_por fiações, dentro das tuas brancas pernas das tuas morenas pernas (os poemas mamã chupam o sangue

e deixam os ossos / chupam a pele e deixam a fome / e pixelam-nos / penduram-nos na nuvem - monstro

na nuvem – poema, unir os cacos, as imagens do horror / este é o meu corpo perdido : ninho de cyborgs e serpentes)