Mostrar mensagens com a etiqueta azahara palomeque. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta azahara palomeque. Mostrar todas as mensagens

11 agosto 2019

azahara palomeque


Me hago de avispas
muerdo a los pájaros y sus almenas abalanzan el sol
mientras caigo de nuevo.
Ícaro vuelve a trabajar en la mina. Suda
por sus hijas
llenas de puentes vacíos, no hay quien
en este cielo espere una gota de más
que sea futuro.
Me he hecho de alas que, en los basureros,
encontraron disfraces para las mordeduras,
insectos clavados en los aludes,
anocheceres rápidos,
viejas mañanas donde elegir
entre lo yermo y lo negro de mi cuerpo.
Si pudiera arrepentirme.
Si pudiera escoger
de nuevo el animal, sería ambulancia.

Torno-me vespa
mordo os pássaros e as suas ameias aproveitam o sol
enquanto caio de novo.
Ícaro volta a trabalhar na mina. Sua
pelas suas filhas
cheias de pontes vazias, não há quem
neste céu espere uma gota a mais
que seja futuro.
Fiz-me com asas que, nas lixeiras,
encontraram disfarces para as mordidas,
insetos cravados nas avalanches,
anoiteceres rápidos
velhas manhãs onde optar
entre o ermo e o negro do meu corpo.
Se pudesse arrepender-me.
Se pudesse escolher
de novo o animal, seria ambulância.