Entre la piel y el hueso limpio
solo hay fotografías.
Entonces me miro las manos
un poco más grises.
El mediodía no quiere
traer torcazas,
el viento no besa
la frente de nadie.
La mano,
cansada del naufragio,
destensa el puño.
El remo se va río abajo.
Ya no queda niño, juguete,
ni canción redonda
que cantar a la muerte.
La mano es una trinchera
y no encontramos tajo
para sangrarla.
Entre a pele e o osso limpo
só há fotografias .
Então olho para as minhas mãos
um pouco mais cinzentas.
O meio-dia não quer
trazer avoantes,
o vento não beija
a testa de ninguém.
A mão,
cansada do naufrágio,
distende o punho.
O remo vai pelo rio abaixo.
Já não há criança, brinquedo,
ou canção redonda
para cantar à morte.
A mão é uma trincheira
e não encontramos talho
para a sangrar .