Mostrar mensagens com a etiqueta malena luján. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta malena luján. Mostrar todas as mensagens

09 novembro 2021

malena luján

 

Entre la piel y el hueso limpio

solo hay fotografías.

Entonces me miro las manos

un poco más grises.


El mediodía no quiere

traer torcazas,

el viento no besa

la frente de nadie.


La mano,

cansada del naufragio,

destensa el puño.

El remo se va río abajo.


Ya no queda niño, juguete,

ni canción redonda

que cantar a la muerte.


La mano es una trinchera

y no encontramos tajo

para sangrarla.



Entre a pele e o osso limpo

só há fotografias .

Então olho para as minhas mãos

um pouco mais cinzentas.


O meio-dia não quer

trazer avoantes,

o vento não beija

a testa de ninguém.


A mão,

cansada do naufrágio,

distende o punho.

O remo vai pelo rio abaixo.


Já não há criança, brinquedo,

ou canção redonda

para cantar à morte.


A mão é uma trincheira

e não encontramos talho

para a sangrar .