Mostrar mensagens com a etiqueta laure samama. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta laure samama. Mostrar todas as mensagens

18 julho 2021

laure samama

 

Je danse seule

Au début je n’ai presque plus bougé, j’étais un animal en hibernation dans le dix-huitième arrondissement, qui se déplaçait gauchement, du lit au frigo et du frigo au lit, un animal dont l’activité principale consistait à dormir. Il dormait et ça s’agitait dans mes rêves, j’avais peur, j’avais faim, j’avais soif, j’avais amour surtout, mais je ne voulais pas le savoir. Je ne voulais pas être dérangée et les lois me protégeaient : il était écrit que personne ne viendrait. Et personne ne venait.


Danço sozinha

Ao princípio quase não me mexi, era um animal em hibernação no décimo oitavo bairro, que se deslocava sem jeito, da cama para o frigorífico e do frigorífico para a cama, um animal cuja principal atividade era dormir. Ele dormia e isso agitava os meus sonhos, tinha medo, tinha fome, tinha sede, tinha sobretudo amor, mas não queria saber. Não queria ser incomodada e as leis protegiam-me: ele tinha escrito que ninguém viria. E ninguém veio.