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29 dezembro 2022

neronessa

 

Cíclico


Por su aroma sujeté a Mercurio al traspasarme la cerviz

Al rodar enamorando los mártires de la gloria permanente.

Contuve el astro hasta desprenderse de las lianas del chakra

Cuando dejó pantanos de rebelión en las losetas

sodoma histérica en mis conversaciones!

Anémicos, gajos de fuego,

Perdigones del aliento de Dios

(Él quiere soldar un caldo de carnes)

Que circulan la tráquea de la puntualidad.

Pujo telaraña hacia la boca de la existencia

que aletea entraña en sus labios como un colibrí,

que se entrecierra como entrecerrar un ojo

para escupir los arcoíris entumecidos.

Ese ojo pestañea sus bostezos de sangre

Un salpicadero de revolución ciclotímica se constituye en carabina

de una cripta-dispara-muertos.

Triste la pobre espina entre el pulmón de los pétalos!

Te juro que solo vomito milagros hasta el amanecer.




Cíclico


Pelo seu aroma prendi Mercúrio ao trespassar-me a cerviz

Ao rodar apaixonando os mártires da glória permanente.

Contive o astro até se desprender das lianas do chakra

Quando ele deixou pântanos de rebelião nas placas

sodoma histérica nas minhas conversas!

Anémicos, cachos de fogo,

Chumbo grosso do sopro de Deus

(Ele quer soldar um caldo de carne)

Que circula a traqueia da pontualidade.

Propensão teia de aranha até à boca da existência

que bate as asas entranha nos seus lábios como um colibri,

que se entrefecha como entrefechar um olho

para cuspir os arcos-íris dormentes.

Esse olho pestaneja os seus bocejos de sangue

Um painel de instrumentos de revolução ciclotímica constitui-se em carabina

de uma cripta-dispara-mortos.

Triste o pobre espinho entre os pulmões das pétalas!

Juro que só vomito milagres até ao amanhecer.