De ti y de mí nada puede fugarse
Aquí
bajo este techo que
asegura
quedarse como una
viga
(un hombre pasea
rozando las nubes)
yo sé de mi cuerpo
a veces se hace
presente
de este lado del
tuyo
como una navaja del
revés
Pero siempre existe
el riesgo
las grietas
y este puñado de
piedras
que fueron de un
cielo que sí
amenazaba con caerse
Allá
donde ya no es
ni tú
ni yo
el espacio del error
el área del nunca
todo acaba con
alguien acodado
muy solo
(esto es para
quienes miran solos)
al borde de una
ventana
De
ti e de mim nada consegue escapar
Aqui
sob
este teto que garante
ficar
como uma viga
(um
homem passeia roçando as nuvens)
eu
sei do meu corpo
às
vezes torna-se presente
deste
lado do que é teu
como
uma navalha ao contrário
Mas
há sempre o risco
as
fendas
e
este punhado de pedras
que
foram de um céu que sim
ameaçava
cair
Lá
onde
já não és
nem
tu
nem
eu
o
espaço do erro
a
área do nunca
tudo
acaba com alguém acotovelado
muito
sozinho
(isto
é para quem olha sozinho)
no
beiral de uma janela