Mostrar mensagens com a etiqueta samanta galán villa. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta samanta galán villa. Mostrar todas as mensagens

12 junho 2022

samanta galán villa

 

Salpicamos

la blancura hospitalaria

de nuestros vestidos


La lluvia

desnudó fosas

flores órganos


Encontramos un dedo

refugiado

en los brazos

de un arrayán


Lo bautizamos Dedín

Lo vestimos

de Niño Dios


Subimos al cerro

penumbras

iluminadas por la quema


Lo casamos con una margarita

No tuvieron hijos

castigo maldición

que viene del cielo


Dedín y Margarita mueren

aplastados

Los enterramos

con cristales de carbón

humo blanco



Salpicamos

a brancura hospitalar

das nossas vestes


A chuva

pôs a nu valas

flores órgãos


Encontramos um dedo

refugiado

nos braços

de um arraial


Batizamo-lo de Dedim

Vestimo-lo

de Menino Deus


Subimos o cerro

penumbras

iluminadas pela queima


Casamo-lo com uma margarida

Não tiveram filhos

castigo maldição

que vem do céu


Dedim e Margarida morrem

esmagados

Enterramo-los

com cristais de carvão

fumo branco