Mostrar mensagens com a etiqueta yanina audisio. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta yanina audisio. Mostrar todas as mensagens

27 fevereiro 2017

yanina audisio


Alguna vez te rascaste donde no picaba
no supiste qué hacer con los brazos
Encendida la luz y prendida el agua
las ventanas abiertas sobre los pantanos
La sombra en la espalda como un río crecido

Hay que hacer algo con el cuerpo
detrás están quedando varios difuntos
Te tocó como si te leyera dos veces
una lluvia pequeña armando su charco
La boca cerrada pájaro detenido

Podrías decirlo de muchas maneras
siempre se está solo dentro del cuerpo
no acabo de conocer el olor de mi casa
Sin decirlo aún algo se cae o se levanta
la correspondencia del aire sobre el corcel desbocado

Inadecuación de la lengua sobre las cosas
pájaro suelto cerrada la boca.


Alguma vez te coçaste fora das lascas
não soubeste o que fazer com os braços
Acesa a luz e presa a água
as janelas abertas frente aos pântanos
A sombra nas costas como um rio grosso

Há que fazer qualquer coisa com o corpo
nele, atrás, vivem vários defuntos
Entrou-te como se te lesse duas vezes
uma morrinha preparando o seu charco
A boca fechada pássaro detido

Poderias dizer tal de maneiras várias
estamos sempre sós dentro do corpo
não chego a conhecer o cheiro da minha casa
Sem o pronunciar mesmo que alguma coisa caia ou se levante
a correspondência do ar no corcel deslocalizado

Inadequação da língua sobre as coisas
pássaro solto fechada a boca.