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27 julho 2020

vanina colagiovanni


Lugares donde dormí

Una cama es solo una cama, me dijo.
También puede ser algo más.
Un tendal de sueños blandos, una colección
de elasticos para distintos puntos
del tallo vertebral, un pozo,
un nido donde empollar algo
que tal vez respire, un pantano,
un hilo filoso
que corta lo viejo de lo nuevo, una estepa
donde el viento diseñe remolinos en mi pelo
y con sus brazos, un lugar de buenos momentos, creo.
Una cama es su cama o la mía, no es nuestra, ya no.
Si cierro los ojos estamos ahí juntos
y rechina.
Si los abro duermo sola y el vacío
me atrae. Como las mandíbulas abiertas de los tiburones
saliendo del mar.


Lugares onde dormi

Disse-me uma cama não passa de uma cama.
Também pode ser algo mais.
Um monte de sonhos macios, uma coleção
de elásticos para diferentes pontos
do galho vertebral, um poço,
um ninho onde chocar algo
que talvez respire, um pântano
um fio afiado
que corta o velho do novo, uma estepe
onde o vento desenha remoinhos nos meus cabelos
e com seus braços, um lugar de bons momentos, acho.
Uma cama é a cama dele ou a minha, não a nossa, já não.
Se fecho os olhos estamos lá juntos
e chia.
Se os abro durmo sozinha e o vazio
atrai-me. Como as mandíbulas abertas dos tubarões
saindo do mar.