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09 abril 2021

fina birulés

 

Vivimos en sociedades donde todo parece estar destinado a ser consumido rápidamente y a mostrar, mientras dure, su funcionalidad. De ahí que las humanidades parezcan tener poco espacio, ya que el terreno en el que nacen y crecen es el liberado de la utilidad, de la inmediatez de las urgencias: su tiempo es el postergado, el diferido. Las humanidades y el pensamiento tienen que ver con aplazamientos e interrupciones de los procesos naturales, sociales e históricos. Por ello, la cultura es algo más que el fruto de individuos que se viven a sí mismos en una suerte de plenitud autosuficiente, a la que no cabe aportar nada y en que no se echa en falta nada: la cultura es expresión del deseo de añadir algo propio al mundo o de la voluntad de pasar cuentas con lo heredado.

Frente a la aspiración del conocimiento científico a obtener resultados y a llegar a verdades que se van revisando, el pensar trata de aclarar, desenredar, sin pretender determinar la decisión o la acción. Así, hay quien ha dicho que la filosofía es el arte de formar, inventar, de fabricar conceptos; los conceptos son centros de vibraciones de nuestra red discursiva y la tarea de quien se dedica al pensamiento es tratar de despertar un concepto dormido, representarlo de nuevo en un escenario inédito. Pensar es salir del círculo trazado, interesarnos por lo no dicho, atrevernos a ir más allá y, con ello, descubrimos una de las formas de movernos libremente en el mundo. De nuestra capacidad de pensar, de valorar afirmativa o negativamente lo que ocurre, de especular sobre lo desconocido o lo incognoscible.

Quizás es el momento de decir que, a la pregunta “¿para qué sirve el pensamiento filosófico?”, no cabe ya contestar con aquello de que su grandeza radica en el hecho de que no sirve para nada, porque esto sería una muestra de coquetería o directamente de mala fe. Quizás tratar de responder reflexivamente nos obliga a interrogarnos sobre el concepto de utilidad, su lugar en nuestras redes conceptuales y su estatuto de criterio único de valoración en nuestro mundo.


Vivemos em sociedades onde tudo parece estar destinado a ser consumido rapidamente e a mostrar, enquanto dure, a sua funcionalidade. Daí que as humanidades pareçam ter pouco espaço, já que o terreno em que nascem e crescem é o desencaixilhado da utilidade, da imediatez das urgências: o seu tempo é o postergado, o diferido.

As humanidades e o pensamento têm a ver com adiamentos e interrupções dos processos naturais, sociais e históricos. Por isso, a cultura é algo mais que o fruto de indivíduos que se vivem a si mesmos numa espécie de plenitude auto-suficiente, à qual nada se pode dar e em que de nada se sente falta: a cultura é expressão do desejo de acrescentar algo próprio ao mundo ou da vontade de transferir contas ao herdado.

Diante da aspiração do conhecimento científico em obter resultados e chegar a verdades que se vão revendo, o pensar trata de esclarecer, desembaraçar, sem pretender determinar a decisão ou a ação. Assim, há quem tenha dito que a filosofia é a arte de formar, inventar, de fabricar conceitos; os conceitos são centros de vibrações da nossa rede discursiva e a tarefa de quem se dedica ao pensamento é tentar despertar um conceito adormecido, representá-lo de novo num cenário inédito. Pensar é sair do círculo traçado, interessar-nos pelo não dito, ousar ir mais além e, com isso, descobrirmos uma das formas de nos mover livremente no mundo. Da nossa capacidade de pensar, de avaliar afirmativa ou negativamente o que ocorre, de especular sobre o desconhecido ou o incognoscível.

Talvez seja hora de responder que à pergunta: "Para que serve o pensamento filosófico?" já não é possível responder com a coisa de que a sua grandeza reside no fato de não servir para nada, porque tal seria uma demonstração de flirt ou diretamente de má-fé. Talvez tentar responder reflexivamente obrigue a interrogar-nos sobre o conceito de utilidade, o seu lugar nas nossas redes conceituais e o seu estatuto de critério único de avaliação em nosso mundo.