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01 janeiro 2015

noelia palma

a morir de una palabra enero

Todavía hay luz.
Es una luz triste entrar por las cavidades del silencio
a morir de una palabra enero
como diciendo un perro al que los huesos
se le cayeron de a poco
pero casi por costumbre.

Hay luz y es de música y la carne
está frita después del espanto

y es lo que arde siempre
cuando la asfixia está tocando los violines
donde se aprende a olvidar a dios
(no mencionar las atrocidades de dios)

habrá que apagar la luz
cerrar el labio voraz, nutritivo
mostrarle las costillas al fuego para que se consuma
beberse todos esos libros crónicos
fumar 26 cigarrillos seguidos, antes
para que el conjuro contra el espejo
-ese padre que no supimos matar de un tiro-
nos salve con un clavo en cada ojo
y una lanza
que salude por la espalda


a morrer de uma palavra janeiro

Ainda há luz.
É uma luz triste entrar pelas cavidades do silêncio
a morrer de uma palavra janeiro
como a dizer um cão a quem os ossos
caíram pouco depois
mas quase por hábito.

Há luz e é de música e a carne
está frita depois do susto

e é o que arde sempre
quando a asfixia está a tocar os violinos
onde se aprende a esquecer deus
(não mencionar as atrocidades de deus)

haverá que apagar a luz
fechar o lábio voraz, nutritivo
mostrar as costelas ao fogo para que se consuma
beber todos esses livros crónicos
fumar 26 cigarros seguidos, antes
para que o conjuro contra o espelho
-esse pai que não soubemos matar com um tiro-
nos salve com um prego em cada olho
e uma lança
que cumprimente pelas costas.