Mostrar mensagens com a etiqueta viviana gonzales. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta viviana gonzales. Mostrar todas as mensagens

11 julho 2022

viviana gonzales

 

Una panza redonda como el mundo


Establecida mi relación con el pájaro de la noche

anuncio el hallazgo del ojo que mira.

Juntos erigimos el mundo como una montaña para orar

con las voces del viento.

El traspatio no se alumbra con la sombra del ave.


Sobre el candil

relampaguean las horas con ninfas y tulipanes.

Amor, pon tu mano en mis senos

y alimentemos la yerba de mi sexo


abierta de pies y manos o

atada a tu miembro erecto

escondo el bulto/hogar con ventanas y portones.

Has de saber lo que se llama felicidad:


¡Navega en mis aguas,

sumérgete como en una feria de pueblo,

dale al océano tu rastro,

luego pasaré

a tu habitación juvenil

para abrir cajones de plumas y cristales

donde guardas imágenes inundadas de espuma

rostros endemoniados que danzan junto a ti.

Recuerda que como hoy no me volverás a ver jamás.

Voy a lamer esta noche tu tintero,

encender la lámpara antes del trabajo.

Desvélate para narrar la historia.

He aquí tu creación:


un hijo.


Anuncio un nacimiento

y con él vislumbro

el miedo del agreste lobo adentrándose

en la espesura de un bosque en Ávila.

La hembra me mira exhausta.

Delato y condeno al demonio

devorador de ovejas en Tlalayote.


Con este nacimiento reafirmo la rotación de la tierra

y al sol como estrella resplandeciente.


Confirmo tu paso por el mundo:

sentí a un hombre entrar como un náufrago

por entre mis piernas

y lo vi salir hacia mis brazos.




Uma barriga redonda como o mundo


Estabelecida a minha relação com o pássaro da noite

anuncio a descoberta do olho que olha.

Juntos erguemos o mundo como uma montanha para rezar

com as vozes do vento.

O quintal não se ilumina com a sombra do pássaro.


Sobre a luz do candeeiro

relampejam as horas com ninfas e tulipas.

Amor, põe a tua mão nos meus seios

e alimentemos a erva do meu sexo


aberta de pés e mãos ou

atada ao teu membro ereto

escondo o volume / casa com janelas e portões.

Hás-de saber o que se chama felicidade:


Navega nas minhas águas,

Mergulha como numa feira de aldeia,

dá ao oceano o teu rastro,

depois transitarei

para o teu quarto juvenil

para abrir gavetas de penas e cristais

onde guardas imagens inundadas de espuma

rostos endemoninhados que dançam ao teu lado.


Lembra-te que como hoje, nunca mais me voltará a ver.

Vou lamber o teu tinteiro hoje à noite,

acender a lâmpada antes do trabalho.

Fica até tarde para contar a história.

Aqui está a tua criação:


um filho.


Anúncio um nascimento

e com ele vislumbro

o medo do agreste lobo adentrando-se

na mata de uma floresta em Ávila.

A fêmea olha-me exausta.

Denuncio e condeno o demônio

devorador de ovelhas em Tlalayote.


Com este nascimento reafirmo a rotação da terra

e o sol como uma estrela resplandecente.


Confirmo a sua passagem pelo mundo:

senti um homem entrar como um náufrago

entre as minhas pernas

e vi-o sair para os meus braços.