Una panza redonda como el mundo
Establecida mi relación con el pájaro de la noche
anuncio el hallazgo del ojo que mira.
Juntos erigimos el mundo como una montaña para orar
con las voces del viento.
El traspatio no se alumbra con la sombra del ave.
Sobre el candil
relampaguean las horas con ninfas y tulipanes.
Amor, pon tu mano en mis senos
y alimentemos la yerba de mi sexo
abierta de pies y manos o
atada a tu miembro erecto
escondo el bulto/hogar con ventanas y portones.
Has de saber lo que se llama felicidad:
¡Navega en mis aguas,
sumérgete como en una feria de pueblo,
dale al océano tu rastro,
luego pasaré
a tu habitación juvenil
para abrir cajones de plumas y cristales
donde guardas imágenes inundadas de espuma
rostros endemoniados que danzan junto a ti.
Recuerda que como hoy no me volverás a ver jamás.
Voy a lamer esta noche tu tintero,
encender la lámpara antes del trabajo.
Desvélate para narrar la historia.
He aquí tu creación:
un hijo.
Anuncio un nacimiento
y con él vislumbro
el miedo del agreste lobo adentrándose
en la espesura de un bosque en Ávila.
La hembra me mira exhausta.
Delato y condeno al demonio
devorador de ovejas en Tlalayote.
Con este nacimiento reafirmo la rotación de la tierra
y al sol como estrella resplandeciente.
Confirmo tu paso por el mundo:
sentí a un hombre entrar como un náufrago
por entre mis piernas
y lo vi salir hacia mis brazos.
Uma barriga redonda como o mundo
Estabelecida a minha relação com o pássaro da noite
anuncio a descoberta do olho que olha.
Juntos erguemos o mundo como uma montanha para rezar
com as vozes do vento.
O quintal não se ilumina com a sombra do pássaro.
Sobre a luz do candeeiro
relampejam as horas com ninfas e tulipas.
Amor, põe a tua mão nos meus seios
e alimentemos a erva do meu sexo
aberta de pés e mãos ou
atada ao teu membro ereto
escondo o volume / casa com janelas e portões.
Hás-de saber o que se chama felicidade:
Navega nas minhas águas,
Mergulha como numa feira de aldeia,
dá ao oceano o teu rastro,
depois transitarei
para o teu quarto juvenil
para abrir gavetas de penas e cristais
onde guardas imagens inundadas de espuma
rostos endemoninhados que dançam ao teu lado.
Lembra-te que como hoje, nunca mais me voltará a ver.
Vou lamber o teu tinteiro hoje à noite,
acender a lâmpada antes do trabalho.
Fica até tarde para contar a história.
Aqui está a tua criação:
um filho.
Anúncio um nascimento
e com ele vislumbro
o medo do agreste lobo adentrando-se
na mata de uma floresta em Ávila.
A fêmea olha-me exausta.
Denuncio e condeno o demônio
devorador de ovelhas em Tlalayote.
Com este nascimento reafirmo a rotação da terra
e o sol como uma estrela resplandecente.
Confirmo a sua passagem pelo mundo:
senti um homem entrar como um náufrago
entre as minhas pernas
e vi-o sair para os meus braços.