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29 dezembro 2009

jessica freudenthal

Tú no ves, con tus ojitos de botón,
que yo podría volarte la cabeza;
tú no escuchas,
con tus orejas de corcho,
la música que engendra mi saliva.

Tú no sientes,
con tu corazón de hormiga,
que mi corazón,
es de carne molida por tu culpa.

Y cada vez que me golpeas
ni te fijas
que los moretones
pintan un hermoso lienzo
en mi piel blanca
abandonada.

Y yo no entiendo,
como tú
con esos ojitos de botón,
tus orejas de corcho,
el corazón de licuadora
y tu lengua de alfiletero,
puedes tenerme así:

Empolvada y rota,
hecha jirones debajo de la cama,
con las piernas abiertas
y el vestido levantado,
la piel de porcelana y los labios de papel,
toda enamorada
chorreándome
las ganas en las bragas.

Y yo no entiendo por qué admito
que me tengas así,
si yo podría volarte la cabeza....








Tu não vês, com os teus olhinhos de botão,
que eu podia fazer explodir a tua cabeça;
tu não ouves,
com as tuas orelhas de cortiça,
a música que a minha saliva engendra.

Tu não sentes,
com o teu coração de formiga,
que o meu coração
é de carne moída por tua culpa.

E de cada vez que me bates
nem te dás conta
que as nódoas negras
pintam um formoso óleo
na minha pele branca
abandonada.

Não percebo,
como tu
com esses olhinhos de botão,
essas orelhas de cortiça,
esse coração de espremedor
e essa língua de alfineteiro
consegues ter-me assim:

Caiada e partida
desfeita em farrapos debaixo da cama,
com as pernas abertas
e o vestido levantado,
pele de porcelana e lábios de papel,
completamente enamorada
escorrendo
as pulsões nas calcinhas.