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01 outubro 2023

azucena g. blanco

 
GENEALOGÍA
 
Piernas demasiado rectas
manos de tierra que se esconden
ojos de madre, boca de madre
      —el cuerpo nos delata,
     detestamos, adornamos esta huella de las otras—
 
En el espejo
delator de una comunidad de parecidos
arrugas que se asoman
     —son las de mi abuela
     el día que yo nací—
 
Somos y nos pertenecemos
como parte de las historias de otras
    —probablemente nuestras hijas también rechacen
    el reflejo cotidiano—
 
Trazo un álbum de familia sobre mi cuerpo
bordeado por cuerpos escondidos,
otros cuerpos perdidos, que nunca dijeron
demasiado
    —Cuerpos en silencio—
 
Mi cuerpo,
que no es mío,
que es lo único que tengo
     —me siento en casa cuando miro estas piernas
    vamos todas juntas, nos acompañamos—
 
 
 
 
GENEALOGIA
 
Pernas muito retas
mãos de terra que se escondem
olhos de mãe, boca de mãe
      -o corpo denuncia-nos,
     detestamos, adornamos esta pegada das outras-
 
No espelho
delator de uma comunidade de parentecidos
rugas que brotam
     -são da minha avó
     no dia em que nasci
 
Somos e pertencemo-nos
como parte das histórias de outras
    -provavelmente as nossas filhas também recusam
    o reflexo cotidiano-
 
Traço um álbum de família sobre o meu corpo
rodeado por corpos escondidos,
outros corpos perdidos, que nunca disseram
muito
    - Corpos em silêncio-
 
O meu corpo,
que não é meu,
que é tudo o que tenho
     -sinto-me em casa quando olho estas pernas
    vamos todas juntas, acompanhadas por nós