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12 setembro 2022

génesis rosas

 

Sola (So tired: slowdive)


Amaría encenderme desde que despierto

abrir los ojos y ver mi techo gris

encontrar mi cuerpo en llamas.

Bendecir el suelo ardiendo

darme vuelta en cama,

evitar las paredes frescas.

Hundirme en la brasa de mi última risa,

cualquier risa última,

la que di antes de aprender a hablar,

ojeándome sin el diente de leche frontal,

o esta risa débil que le pertenece al momento del sueño.

Se prendería sola mi almohada

con chispa de la reliquia mía.

Subirá el fuego

y fundirá mi tez a la sábana blanca.

Habitaré un lecho ardiente, propio,

cena para una de carbón dulce.

Voy a dormir con labios separados,

la boca rebosante de ceniza.

Mi cuarto: horno sin entrada,

nada accederá… salvo el aire.




Sozinha (So tired: slowdive)


Amaria acender-me desde que acordo

abrir os olhos e ver o meu teto cinza

encontrar o meu corpo em chamas.

Abençoar o chão a arder

contorcer-me na cama,

evitar as paredes frescas.

Afundar-me na brasa do meu último riso,

qualquer riso final,

que me saiu antes de aprender a falar,

olhando-me sem o dente de leite da frente,

ou este riso débil que pertence ao momento do sono.

Incendiaria sozinha a minha travesseira

com faísca da minha relíquia.

Subirá o fogo

e derreterá a minha tez no lençol branco.

Habitarei um leito ardente, próprio,

jantar para uma de carvão doce.

Vou dormir com os lábios separados,

a boca transbordante de cinzas.

O meu quarto: forno sem entrada,

nada acedará... exceto o ar.