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07 fevereiro 2013

verónica pérez arango



inventamos sobre los médanos un cuerpo flaco
hecho de horizonte, baldes y oleaje
los pelos pegados por la sal a la frente
y salar sobre pieles de gallina.

un gato con poco alimento materno inventamos
la prueba definitiva del futuro
las piruetas de toda la familia
unidas sus ramas con mujeres
heroínas y hombres
bebés.

la prueba química de dos franjas
o la intuición mágica de dos células
que se buscan en la noche de nuestra casa
hechas una para la otra ellas
son el encastre perfecto
la repetición de la especie
la supervivencia del espejo infinito.

atrás quedan la hora de la sombra y la pérdida
del fin el lugar
común del protagonismo
diluyo los contornos de los relatos cotidianos
ser invisible y amasar brazos
fuertes y leche
para vos.


inventamos sobre os médãos um corpo fraco
feito de horizonte, baldes e marulhada
os cabelos colados pelo sal à frente
e salgar sobre pés de galinha.

um gato com pouco alimento materno inventamos
a prova definitiva do futuro
as piruetas de toda a família
unidos os seus ramos com mulheres
heroínas e homens
bebés.

a prova química de duas franjas
ou a intuição mágica de duas células
que se procuram na noite de nossa casa
feitas uma para a outra elas
são o encaixe perfeito
a repetição da espécie
a sobrevivência do espelho infinito.

para trás ficam a hora da sombra e a perda
do fim o lugar
comum do protagonismo
diluo os contornos dos relatos quotidianos
ser invisível e amassar os braços
fortes e leite
para vós.