Insomnio
I
Templo, pozo, túnel
en que descansa
mi cuerpo dolorido.
Sigilosa abandono
mis dedos sobre tu
pecho.
Urgan mis labios
tus rozados pezones
que poco a poco
bebo.
Y lenta bajo.
Liviano eres
hasta engullirme
en tus entrañas
y saborear tu grito
dentro de mí,
como el insomnio
que no cede.
Allí, donde el
clonazepam
no cumple sus
efectos.
Me hiendes,
marinero.
Tu agua en calma
acecha
en cada imagen tuya
dispuesta a
revolcarse
en mi marea.
Insónia
I
Templo,
poço, túnel
em
que descansa
meu
corpo dorido.
Sigilosa
abandono
meus
dedos sobre o teu
peito.
Meus
lábios estão a queimar
os
teus rosados mamilos
que
pouco a pouco bebo.
E
desço devagar.
És
leve
até
me engolires
nas
tuas entranhas
e
saborear o teu grito
dentro
de mim,
como
a insónia
que
não cede.
Aí,
onde o clonazepam
não
cumpre os seus efeitos.
Fendes-me
marinheiro.
A
tua água em calma espreita
em
cada imagem tua
disposta
a revirar-se
na
minha maré.