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21 junho 2022

albanella chávez turello

 

Desde una silla roja


Parada estoy,

de raso vestida

frente a vos

mientras, miro el reloj

compruebo la hora, acomodo la urna

ennegrezco las aguas

y con mis manos

doy de comer al hambre


después

sentada estoy, pero frente a mi

blando el cuchillo, compruebo la hora

acomodo la urna

limpio mis manos

y calmada

enmudezco el hambre


ahí están y gotean

el aire antiguo

mi saliva azul

una luna en forma de miedo

el cuchillo que brilla


después

todo eso trata de minar la silla roja


mi boca azul pone las bombas


la manzana me mira

habla, llama, grita

veo y sé que tengo

la manzana entre manos, pero

ella aún me mira

la silla ya explotó


el cuchillo fue guardado entre mis faldas


y sólo espera recorrer el aire

quecircundalaarrugaquerodeamiboca



A partir de uma cadeira vermelha


parada estou,

vestida de cetim

diante de vós

enquanto, olho o relógio

verifico a hora, acomodo a urna

enegreço as águas

e com as minhas mãos

dou de comer à fome


depois

sentada estou, mas diante de mim

brando a faca, verifico a hora

acomodo a urna

limpo as minhas mãos

e calma

emudeço a fome


lá estão e gotejam

o ar antigo

a minha saliva azul

uma lua em forma de medo

a faca que brilha


depois

tudo isso trata de minar a cadeira vermelha


a minha boca azul põe as bombas


a maçã mira-me

fala, chama, grita

vejo e sei que tenho

a maçã entre as mãos, mas

ela ainda me mira

a cadeira já explodiu


a faca foi guardada entre minhas saias


e só espera percorrer o ar

quecircundaarugaquerodeiaaminhaboca


07 junho 2018

albanella chávez turello


apuntes frente al espejo

supe de la neblina
y salí al mundo
Odette Alonso

mi nombre me fue dado como frontera.
mi cuerpo es una casa redonda y vacía de muebles en tránsito, pronta a devenir ceniza.
mi lengua fue, es y será el espacio incólume que ni la muerte ni el silencio ni el delirium tremens podrán rematar.
aquello que me saca de ser letra, marca, columna tachada o narrativa abstracta, es una forma larga y carnívora, que restriega su nariz húmeda en rojas palabras, como intuyendo mi tránsito al espacio inhabitable que distancia mi columna cóncava de mi respiración cortada.

Apontamentos perante o espelho

soube da neblina
e saí para o mundo
Odette Alonso

o meu nome foi-me dado como fronteira.
o meu corpo é uma casa redonda e vazia de móveis em trânsito, prestes a tornar-se cinza.
a minha língua foi, é e será o espaço incólume que nem a morte, nem o silêncio nem o delirium tremens conseguirão acabar.
aquilo que faz com que deixe de ser letra, marca, coluna riscada ou narrativa abstrata, é uma forma longa e carnívora que esfrega o seu nariz húmido em vermelhas palavras, como se intuísse o meu trânsito no espaço inabitável que distancia a minha coluna côncava da minha respiração cortada.