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30 setembro 2023

virginia cantó

 
Como inmensos párpados abiertos
me sonríen hoy tus piedras plañideras
mientras discurro insolente en tus pupilas
sin agua y tiempo.
Mirarte es ofender lo que tuvimos,
lo que murió arrogante en los cristales convexos
de un almanaque.
Tus piernas arqueadas, tu cintura altanera,
el pueril color grisáceo en tus mejillas,
el calor de hogar de tu frente en que readmiro
lo que fue y retuvimos de tu tiempo.
Tras el cristal cobrizo del Viejo Cándido,
de frío copo de piedra tiritante,
te delatas eterna y muda,
nueva y susurrante en mi labio renacido.
Mirarte es vencer un pulso al tiempo,
altanero y desigual en tus costados azules.
Mirarte es saber que entre tus piedras
moriré, como sin haber nacido.
Y tú quedarás como el silencio que sepulta la palabra
o el nicho que reinventa los motivos del tiempo;
de piedra y frío, como el hilo de tu espalda,
de gris y fuego, como el hilo del recuerdo.

 

Como imensas pálpebras abertas
sorriem hoje para mim as tuas pedras carpideiras
enquanto discorro insolente nas tuas pupilas
sem água e sem tempo.
Olhar para ti é ofender o que tivemos,
aquilo que morreu arrogante nos cristais convexos
de um almanaque.
As tuas pernas arqueadas, a tua cintura altiva,
a pueril cor acinzentada nas suas bochechas,
o calor de casa da tua testa em que readmiro
o que foi e retivemos do teu tempo.
Depois do cristal de cobre do Velho Cândido,
de frio floco de pedra tiritante,
denuncias-te eterna e muda,
nova e sussurrante nos meus lábios renascidos.
Olhar para você é vencer um pulso ao tempo,
altivo e desigual em seus lados azuis.
Olhar para ti é vencer uma pulsação ao tempo,
altivo e desigual em teus lados azuis.
Olhar para ti é saber que entre as tuas pedras
Morrerei, como sem ter nascido.
E tu ficarás como o silêncio que sepulta a palavra
ou o nicho que reinventa os motivos do tempo;
de pedra e frio, como o fio das tuas costas,
de cinza e fogo, como o fio da memória