Mostrar mensagens com a etiqueta alejandra estrada velázquez. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta alejandra estrada velázquez. Mostrar todas as mensagens

20 agosto 2016

alejandra estrada velázquez

ESTANCIAS

Vacía de dioses, espero la noche para volverme polvo. Trémulo escondite, no puedo irme de tus ojos. Me cubren los párpados de tu ira. Silente y apagada, habito tus ranuras, repaso mi encierro en tus fronteras. Fuera de ti, el viento cercena mis dedos, devora mis palabras y la luz se vuelve ceniza. Fuera de ti soy transparente, liviana y minúscula.

En tu piel otoño. Luna seca me desmorono entre tus piernas. Tú fecundas punto a punto mi garganta. Me brotas. Mi lengua se despeña en tu espalda. En mi pecho acuno tu rostro, arrullo la tumba que palpita en mi vientre. Nos abrazamos a una sola muerte.


ESTÂNCIAS

Vazia de deuses, espero a noite para me tornar pó. Trémulo esconderijo, não consigo abandonar os teus olhos. Cobrem-me as pálpebras da tua ira. Silente e apagada, habito as tuas fendas, revejo o meu encerro nas tuas fronteiras. Fora de ti, o vento cerceia os meus dedos, devora as minhas palavras e a luz torna-se cinza. Fora de ti sou transparente, leve e minúscula.

Na tua pele outono. Lua seca desmorono-me entre as tuas pernas. Tu fecundas ponto a ponto a minha garganta. Brotas-me. A minha língua despenha-se nas tuas costas. No meu peito nino o teu rosto, arrulho a campa que palpita no meu ventre. Abraçamo-nos a uma só morte.