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09 março 2023

mónica vargas

 

Aristóteles: de anima


Si creyera en el alma como tú

entonces habría razón

para este cuerpo


y hambre

de nunca abandonar.


Ahora no puede ser este

el final de mi poema,

porque es a mí

a quien tu muerte

ha ocurrido,


intuyendo cómo estaba

solo el cuerpo, sólo solo,


estibando mis caricias en la hora

para tener de qué despedirme.


Es cierto que una anécdota

jamás es evidencia,

pero casi siempre es esperanza.




Aristóteles: de anima


Se acreditasse na alma como tu

então haveria razão

para este corpo


e fome

de nunca abandonar.


Agora não pode ser este

o final do meu poema,

porque é a mim

a quem a tua morte

ocorreu,


intuindo como estava

apenas o corpo, só, só


arrumando as minhas carícias na hora

para ter do que me despedir.


É verdade que uma pequena história

nunca é evidência,

mas quase sempre é esperança.