Mostrar mensagens com a etiqueta laura rosal. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta laura rosal. Mostrar todas as mensagens

20 outubro 2009

laura rosal

La lluvia pujando fuerte contra los músculos
de una ciudad dormida.
La lluvia, que nunca
resbala, que nunca
termina de arrancarme
la piel.
Mi cerebro es agua
cosida con miedo.
Mi cerebro, mi lluvia,
mi no-ciudad.

Me muerdes el sueño.
Jamás dueles,
jamás mojas.

Desde la ciudad me lluevo como sueño.
Mis pies inseguros sobre el agua.


A chuva batendo forte contra os músculos
de uma cidade a dormir.
A chuva, que nunca
resvala, que nuca
pára de me arrancar
a pele.
O meu cérebro é água
cosida com medo.
O meu cérebro, a minha chuva,
a minha não-cidade.

Mordes-me o sonho
Jamais dóis
jamais molhas.

Aqui na cidade chovo-me como sonho
Meus pés inseguros sobre a água.



la noche latía.
la noche era demasiado blanca para sus ojos
demasiado extensa para su boca.
caían espejos rotos
del cielo de otro verano.
la vehemencia también latía.
toda esa gente, desnuda,
corría en círculos concéntricos.
toda esa gente resbalaba
al llegar al abismo.
el abismo era mermelada de silencio
y la tierra giraba vertiginosamente:
la tierra provocaba el desmayo de los dioses.

y entonces
los ángeles.



a noite latia
a noite era demasiado branca para os olhos
demasiada extensa para a boca
caíam espelhos quebrados
do céu de outro verão
a veemência também latia
todos os corpo nus
corriam em círculos concêntricos
todos resvalavam
ao chegar ao abismo
o abismo era marmelada de silêncio
e a terra girava vertiginosamente:
a terra provocada o desmaio dos deuses

então
os anjos