Mostrar mensagens com a etiqueta esther m. garcía. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta esther m. garcía. Mostrar todas as mensagens

17 maio 2021

esther m. garcía

 I

La familia es lo único que mata.

Su belleza no reside

en los elementos que la conforman,

sino en la armoniosa proporción

con la que un miembro de ella

destruye a otro miembro de la misma.


La familia es vaho marino

que exuda el bronco sueño

de un jardín negro donde florecen

las más diversas patologías.


Toda familia es una enfermedad

y el deber de todo miembro enfermo

es sobrevivirle.



I

A família é a única coisa que mata.

A sua beleza não reside

nos elementos que a compõem,

mas na harmoniosa proporção

com a qual um dos seus membros

destrói outro membro dela.


A família é um bafo marinho

que exala o rude sonho 

de um jardim negro onde florescem

as mais diversas patologias.


Qualquer família é uma doença

e o dever de cada membro doente

é sobreviver-lhe.


Fragmento de Sicarii


La primera vez que acribillé algo

para oír la música tranquila de la furia en mi alma

fue cuando abandoné mi niñez

para volverme un asesino


A primeira vez que cravei algo

para ouvir a música tranquila da fúria na minha alma

foi quando abandonei a minha infância

para me tornar um assassino


*


El arma siempre quiere entablar

un diálogo violento

Un solo roce de su acerada boca

y florecen ramajes carmesí que trazan

una cartografía imposible en cuerpos ajenos


A arma quer sempre entabular

um diálogo violento

Um único atrito da sua acerada boca

e florescem ramagens carmesim que traçam

uma cartografia impossível em corpos alheios