Mostrar mensagens com a etiqueta alice massénat. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta alice massénat. Mostrar todas as mensagens

16 outubro 2019

alice massénat



D’une vipère aux salaces de ma fièvre
s’éclipsait ce lugubre épars
le rire fou était fidèle
noir
La cornée vagabondant jusqu’aux fracas
d’un qui outre-vitrail
Le sang se cristallisa, l’apocalypse n’était plus qu’un rat
et dans mon pétoncle furibard
l’étal vibrait de son écrin aux plumes d’acier

Le tranchant était là
ma haine ne fit que croître
qui de l’absence ou du paraître l’emporterait

Crier
hurler mes ongles aux parois de fortune
le corps bouffé d’heurs
à dire le vrai je n’étais qu’une vulgaire écharde
qu’on recouvre d’un drap de suif
et parmi ces échancrures
le tu s’éloigne à outrecuidance

Taillader mes veines aux pirogues
éclater d’ici au beffroi
impassible
ne crachant plus rien d’autre qu’un feu iconoclaste

Le cerveau se meurt
et je pars plus loin
aux écarts de l’autre


De uma víbora promiscua da minha febre
esgueirava-se este lúgubre esparso
o riso louco estava fiel
negro
A córnea vagabundeando até aos estrondos
de um quem além-vitral
O sangue cristalizou-se, o apocalipse não passava de um rato
e no meu escalope furibundo
a tábua vibrava na sua caixa com penas de aço

O talhante estava lá
o meu ódio só pôde acreditar
quem da ausência ou do parecer prevaleceria

Gritar
uivar as minhas unhas às paredes da fortuna
o corpo lufa horas
para dizer a verdade eu não passava de um vulgar estilhaço
que se tapa com um lençol de sebo
e entre essas incisões
o calado afasta-se da ousadia

Retalhar as minhas veias nas pirogas
rebentar daqui à torre
impassível
cuspindo unicamente um fogo iconoclasta

O cérebro morre
vou mais longe
às discrepâncias do outro.