Mostrar mensagens com a etiqueta aixa rava. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta aixa rava. Mostrar todas as mensagens

24 janeiro 2016

aixa rava


Barda


No escucho más que la voz
del viento,
la veo quebrar
instantes como frutos secos.
El valle —un infierno verde—
nos hunde en este desierto
y son dos
los cauces que irrigan tu perfil bermejo.
Yo corrí esa piel muchas veces,
me enredé entre alpatacos
y le di mi carne a las espinas.
Pisé —y resbalé
tus piedras sueltas
y el hueso de algún cocodrilo
enraizado en tu vientre.
Desde el mirador, junto al canal de la ciudad
y la avenida, vi extenderse el campo de golf
—otra conquista
sobre tu parte dormida.
Me sentí libre en tus venas
—creo que también me sentí presa
y me fui antes de morderte más las uñas,
un intento voraz
de escaparle a la locura.


Barda

Apenas oiço
a voz do vento
vejo-a partir
instantes como frutos secos.
O vale - um inferno verde -
funde-nos neste deserto
e são dois
os canais que irrigam o teu perfil vermelho.
Percorri essa pele muitas vezes
enredei-me entre árvores de terra
e dei a minha carne às espinhas.
Pisei - e resvalei
as tuas pedras soltas
e o osso de algum crocodilo
enraizado no teu ventre.
Do miradouro, junto ao canal da cidade
e a avenida, vi estender-se o campo de golf
- outra conquista
sobre a tua parte dormente.
Senti-me livre nas tuas veias
- creio que também me senti presa
e fui-me embora antes de te roer mais as unhas,
uma tentativa voraz
de escapar à loucura.