Mostrar mensagens com a etiqueta berta garcía faet. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta berta garcía faet. Mostrar todas as mensagens

09 março 2016

berta garcía faet

Poema sobre los descubrimientos científicos y la transmigración de los poemas de amor:

Un mamut recién nacido hace 40.000 años / en la Lejana Península de Yamal
muerto por haber tragado / légamo y arcilla / hasta asfixiarse

y hoy aparecido congelado / en el ángulo blanco / de un iceberg / asceta
y hoy reproducido en la fachada / fosforescente / de la revista / Nature

me hace pensar en el tiempo / y en el amor desgajado en el tiempo;
en la termodinámica, / ahorcada / en la línea del tiempo:

saber que moriremos, que morirá / este nudo;
saber que tú, mi amor, un día / serás hierba:

sobre el material de la ternura / que se cree infinita
se editan los efectos de esta lucha a muerte,

y no puedo evitar pensar tu cuerpo / como belleza móvil / hacia lo inmóvil

y el ronroneo existencial / me dice / que esto es triste



Poema sobre as descobertas científicas e a transmigração dos poemas de amor:

Um mamute recém-nascido há 40.000 anos / na Longínqua Península de Yamal
morto por ter engolido / sedimentos e argila / até se asfixiar

e hoje aparecido congelado / no ângulo branco / de um iceberg / asceta
e hoje reproduzido na fachada / fosforescente / da revista / Nature

faz-me pensar no tempo / e no amor acantonado no tempo;
na termodinâmica, / enforcada / na linha do tempo:

saber que morreremos, que morrerá / este nó;
saber que tu, meu amor, um dia / serás erva:

sobre o material da ternura / que se julga infinita
editam-se os efeitos desta luta de morte,

e não consigo evitar pensar o teu corpo / como beleza móvel / até ao imóvel

e o ronronar existencial / diz-me / que isto é triste