Partir en silence
comme les morts
s’oublient
au loin
une mère porte un
étranger
et pleure
assise
en son propre sein
il se retourne
la traverse
se loge en elle à
nouveau
serpent
avide de chaleur.
Et vous,
enfants de l’instant
accueillez contre
un mur de chair
les mains, les yeux
les pas silencieux
le reflet vide du temps
pour
descendre dans
la vie
Ir silêncio
como os mortos
se esquecem
ao longe
uma mãe carrega um
estranho
e chora
sentada
no seu próprio seio
ele volta-se
atravessa-a
aloja-se nela de novo
serpente
ávida de calor.
E vós,
crianças do momento
acolhei contra
uma parede de carne
as mãos, os olhos
os passos silenciosos
o reflexo vazio do
tempo
para
descer na
vida