Mostrar mensagens com a etiqueta juana lujan. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta juana lujan. Mostrar todas as mensagens

29 dezembro 2009

juana luján



Cuentan mis abuelas y tías abuelas
que allá lejos
el primero de los hermanos
mató a su mujer
para casarse con su hijastra.
La mató -dicen- con un hacha
que clavó en su espalda
después de esperar hora, hora y media,
tras la puerta.
Dice mi madre
que dicen mis primos
que dicen mis tías abuelas
que el primero de los hermanos
era carnicero de oficio
-uno muy bueno-
y que mando a dos empleados suyos
-Juan y Lorenzo -
a que cortaran
el cuerpo
y arrojaran después los pedazos
a la crecida del río
y que entonces Juan enloqueció
y les contó a mis tías abuelas
que su hermano
el primero
se acostaba con su hijastra
ya preñada y que para no vivir
en pecado decidió enviudar.
Nadie le creyó
y Juan pasó, ya perdido, por varios pueblos
contando.
Su voz tuvo que atravesar
102 años
y quien sabe cuantas bocas
para que hoy yo cuente
con la certeza de quien ha visto.




Árvore Familiar

Contam as minhas avós e tias-avós
que há muito tempo atrás
o primeiro dos irmãos
matou a mulher
para se casar com a sua enteada.
Matou-a – dizem – com uma acha
que lhe espetou nas costas
depois de esperar uma hora, hora e meia,
atrás da porta.
Diz a minha mãe
que os meus primos dizem
e também dizem as minhas tias-avós
que o primeiro dos irmãos
tinha o ofício de carniceiro
- um excelente profissional –
E que mandou dois dos seus empregados
-Juan e Lorenzo-
cortarem
o corpo
e lançarem em seguida os pedaços
à corrente do rio
e que então Juan enlouqueceu
e contou às minhas tias-avós
que o irmão delas
o primeiro
se deitava com a enteada
já prenha e que para não viver
em pecado decidiu enviuvar.
Ninguém acreditou nele
e Juan andou, já perdido, por vários povos
contando.
A sua voz teve que atravessar
102 anos
e sabe-se lá quantas bocas
para que hoje conte eu