Escasa
Te
alejas de los nombres
que
hilan el silencio de las cosas.
Alejandra
Pizarnik
I
Voy
a tatuarme un puñado de pájaros por todo el cuerpo, para trenzar
las cavidades de su recuerdo y morder de vez en cuando lo que nos
resta de miedo.
II
Cedo
la cotidianidad, su periferia, mis piernas y voces, dejo que piense
que le creo, lo contrario me asusta. La costumbre de sus calles ya no
me pertenece, sueño con insectos gigantes, aferrados como costras
sobre su espalda, lo muerden, se queja, parece que lo araño pero
olvidé como hacerlo. De vez en cuando viro la vista para no mirarlo,
poco me seducen las fronteras inestables de ésta casa. Me clavo
nuevamente en el drama pasajero de su cuerpo, entonces corro tras la
humedad que deja después de arrastrarse por mis pasillos y me
transformo en ceniza para ensuciar su rastro.
Escassa
Afastas-te dos nomes
que fiam o silêncio das coisas.
Alejandra Pizarnik
I
Vou tatuar-me com um punhado de pássaros por todos o corpo, para
entrançar as cavidades da sua lembrança e morder de vez em quando o
que nos resta de medo.
II
Cedo
o quotidiano, a sua periferia, as minhas pernas e vozes, deixo que
pense que acredito nele, o contrário assusta-me. O hábito das suas
ruas já não me pertence, sonho com insetos
gigantes, agarrados como crostas nas suas costas, mordem-no,
queixa-se, parece que o arranho mas esqueci-me
como se faz. De vez em quando desvio a vista para não o olhar, pouco
me seduzem as fronteiras instáveis desta casa. Prego-me outra vez no
drama passageiro do seu corpo, então corro a seguir a humidade que
deixa depois de se arrastar pelos meus corredores e transformo-me em
cinza para sujar o seu rasto.