Mostrar mensagens com a etiqueta constanza marchant. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta constanza marchant. Mostrar todas as mensagens

19 fevereiro 2020

constanza marchant


Escasa

Te alejas de los nombres
que hilan el silencio de las cosas.
Alejandra Pizarnik

I
Voy a tatuarme un puñado de pájaros por todo el cuerpo, para trenzar las cavidades de su recuerdo y morder de vez en cuando lo que nos resta de miedo.

II
Cedo la cotidianidad, su periferia, mis piernas y voces, dejo que piense que le creo, lo contrario me asusta. La costumbre de sus calles ya no me pertenece, sueño con insectos gigantes, aferrados como costras sobre su espalda, lo muerden, se queja, parece que lo araño pero olvidé como hacerlo. De vez en cuando viro la vista para no mirarlo, poco me seducen las fronteras inestables de ésta casa. Me clavo nuevamente en el drama pasajero de su cuerpo, entonces corro tras la humedad que deja después de arrastrarse por mis pasillos y me transformo en ceniza para ensuciar su rastro.


Escassa

Afastas-te dos nomes
que fiam o silêncio das coisas.
Alejandra Pizarnik

I
Vou tatuar-me com um punhado de pássaros por todos o corpo, para entrançar as cavidades da sua lembrança e morder de vez em quando o que nos resta de medo.

II
Cedo o quotidiano, a sua periferia, as minhas pernas e vozes, deixo que pense que acredito nele, o contrário assusta-me. O hábito das suas ruas já não me pertence, sonho com insetos gigantes, agarrados como crostas nas suas costas, mordem-no, queixa-se, parece que o arranho mas esqueci-me como se faz. De vez em quando desvio a vista para não o olhar, pouco me seduzem as fronteiras instáveis desta casa. Prego-me outra vez no drama passageiro do seu corpo, então corro a seguir a humidade que deixa depois de se arrastar pelos meus corredores e transformo-me em cinza para sujar o seu rasto.