Mostrar mensagens com a etiqueta bárbara armstrong. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta bárbara armstrong. Mostrar todas as mensagens

06 setembro 2021

bárbara armstrong

 

AMAR-TE


El drapeado de los pliegues de las pieles

en un cuerpo invertebrado.

En contrapposto tu figura

se retuerce sobre el torno a la artesanía de mis manos,

la memoria persiste en óleo en tus orgasmos

y se estrella la noche en tu cintura.


Qué armónico grita el Guernica

bajo tu falda de Menina,

y qué maja estás desnuda.


Me veo besándote los lunares

con la más pulida técnica vanguardista

por la curva salomónica

que esculpe bucólica

en cera tus lumbares.


Me excito con la belleza de cada plano

en tu perspectiva caballera,

con alcanzar tu punto de fuga,

con sentir al deslizarme por tus arrugas

el paroxismo de practicarte en cada poro el puntillismo.


Lloran en Flandes y en París

pigmentos de envidia

como fluidos resbalando por el grabado en tus costillas

por no llegarte ni al betún en tu éxtasis.


El cuadro más pujado,

más sucio,

más osado,

de esta exposición de erótico realismo

a puerta cerrada

a la que me atraes de madrugada

es el placer

en tu rostro impresionista;

que es el vórtice de tu magnetismo,

y la musa de este artista.



AMAR-TE


O drapeado das dobras das peles

em um corpo invertebrado.

Em contraponto a tua figura

se contorce sobre o torno no artesanato das minhas mãos,

a memória persiste em óleo nos teus orgasmos

estrela-se a noite na tua cintura.


Quão harmónico grita o Guernica

sob a tua saia de Menina,

quão linda estás nua.


Vejo-me a beijar-te os sinais

com a mais polida técnica vanguardista

pela curva salomónica

que esculpe bucólica

em cera, o teu lombar.


Excito-me com a beleza de cada plano

na tua perspectiva cavalheiresca,

em alcançar o seu ponto de fuga,

em sentir ao deslizar-me pelas tuas rugas

o paroxismo de te praticar em cada poro o pontilhismo.


Choram na Flandres e em Paris

pigmentos de inveja

como fluidos escorrendo pela gravura nas tuas costelas

por não te chegar nem ao betume no teu êxtase.


O quadro mais licitado,

mais sujo,

mais ousado,

desta exposição de erótico realismo

à porta fechada

à qual me atrais de madrugada

é o prazer

no teu rosto impressionista;

que é o vórtice do teu magnetismo,

e a musa deste artista.