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05 dezembro 2023

suzette celaya

 

introdujo su mano en mi vientre y sentí como si una garra me revolviera todo por dentro; luego, un jalón. Después, un vacío

subo mi mirada hacia el pecho de mi abuela, esa con quien comparto el nombre, y busco la respiración fatigosa. Por fin, el cuerpo está inmóvil

mojo mi dedo con saliva, lo presiono contra la tierra alrededor de la tumba de mi hija y me lo llevo a la boca. Muerdo las piedras pequeñas, las vuelvo polvo y las trago. Así lo hacía de niña al visitar la tumba de mi madre, así lo sigo haciendo cada vez que vengo al cementerio

a veces quisiera verme por dentro, así como veo al río. Saber dónde desembocan mis ríos de sangre

intentando decidir si cavo el suelo para ver los restos de mis muertas o para dormirme con ellas

 

 

 

introduziu a sua mão no meu ventre e senti como se uma garra me revolvesse tudo por dentro; logo, um puxão. Depois, um vazio

alço o meu olhar até ao peito da minha avó, essa com quem compartilho o nome, e busco a respiração cansada. Por fim, o corpo está imóvel

molho o meu dedo com saliva, pressiono-o contra a terra à volta do túmulo da minha filha e levo-o à boca. Mordo as pedras pequenas, transformo-as em pó e engulo-as. Assim o fazia em menina quando visitava a tumba da minha mãe, assim o continuo a fazer de cada vez que venho ao cemitério

às vezes gostaria de me ver por dentro, assim como vejo o rio. Saber onde desembocam os meus rios de sangue

tentando decidir se escavo o chão para ver os restos das minhas mortas ou para dormir com elas