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30 novembro 2022

américa femat

 

Migración


Debiera toda imagen ondulante en mí extinguirse,

debiera guardarse en la caracola de un vientre;

no como un castigo, sino como signo de regresión.

Guardarla, bajo la intimidad de una edad prehistórica,

casi inaccesible.

Debiera, asfixiarla bajo el silbido de algún resuello.

Tapar en un frasco vacío mi voluntad de engendrarse cósmica.


No necesito aferrarla, he dicho, ¡levántate y anda!

La hija sembrada en mi espejo no hunde esperanzas,

no promete dar riego a una tierra inexistente.


Será que el siseo del tren se ha llevado los pasajeros murmurantes.

Un viaje es un monstruo que acaricia y comprende su lenguaje.

Debiera abrirse la garganta a su cascabeleo;

no aseguro nada, estoy desnuda “le he nombrado suficiente”

Aún así; no puedo jurar, que no habrá migraciones este año.



Migração


Deve toda a imagem ondulante em mim extinguir-se,

deve guardar-se na concha de um ventre;

não como castigo, mas como sinal de regressão.

Guardá-la, sob a intimidade de uma idade pré-histórica,

quase inacessível.

Deveria, sufocá-la sob o silvo de algum sopro.

Tapar num frasco vazio a minha vontade de se gerar cósmica.


Não preciso de a segurar, disse, levanta-te e anda!

A filha semeada no meu espelho não afunda esperanças,

não promete irrigar uma terra inexistente.


Será que o uivo do comboio lavou os passageiros murmurantes.

Uma viagem é um monstro que acaricia e entende a sua linguagem.

Deve abrir-se a garganta à sua cascavel;

não garanto nada, estou nua "falei dela que chegue"

Mesmo assim; não posso jurar que não haverá migrações este ano.