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21 novembro 2021

silvina ocampo


Sobre un mármol


Tantos recuerdos juntos en el viento,

tantos jardines juntos que recuerdan

sin nadie nadie ya que los recuerde,

tantas fuentes con ángeles, sirenas,

tritones o cupidos o pescados,

tanto mar en el sueño hecho de mármol,

tantas flores de caña ya perdidas

detrás de las mareas de los ríos

y un “moriré o no moriré muy pronto”

que dicen deshojadas margaritas

en lugar de «me quiere» o «no me quiere».



Em cima de um mármore


Tantas memórias juntas no vento,

tantos jardins juntos que se lembram

sem ninguém já ninguém que deles se lembre,

tantas fontes com anjos, sereias,

tritões ou cupidos ou peixes,

tanto mar no sonho feito de mármore,

tantas flores de cana já perdidas

por trás das marés dos rios

e um "morrerei ou não morrerei muito em breve"

que dizem desfolhadas margaridas

em vez de «bem me quer» ou «mal me quer».