Me duelen las ventanas
Entre yo y yo misma hay un cristal
y en la inconstancia me crecen las uñas.
Es mi manera de amar,
no conozco otra.
El afuera golpea dentro,
como un pájaro desorientado que choca contra
[el cristal
y no puedo abrir,
no quiero.
Pero a veces me aprietan los goznes,
y hoy me duelen las ventanas.
Doem-me as janelas
Entre eu e eu própria há um vidro
e na inconstância crescem-me as unhas.
É a minha maneira de amar,
não conheço outra.
O lá fora bate dentro,
como um pássaro desorientado que choca contra o vidro
e não consigo abrir,
não quero.
Mas às vezes apertam-me as dobradiças,
e hoje doem-me as janelas.