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13 fevereiro 2013

séverine daucourt-fridriksson


s’évanouir la langue à l’endroit d’une femme où les autres sont des hommes

un mot phare au bout de la langue clignote et tous les autres mots assaillant par tous ses bouts la langue

enceinte elle est le couvent où le monde s’interne

lieu d’accueil sans lumière elle corps solaire pour d’autres famine à demeure balancée sur le lustre

les bords du corps changent ouvrant l’abîme où croît une flamme. cheminée trop étriquée. elle en carence neuf mois congédiée

vers le terme une embrasure sa voix remonte de sa source l’ombre antique du désir mais l’œuvre lui incombe et l’enfant en elle la porte qui se retourne


dissipar a língua no lugar de uma mulher onde os outros são homens

uma palavra farol na ponta da língua cintila e todas as outras palavras acometendo por todas as suas pontas a língua.

grávida ela é o convento onde o mundo se interna

lugar de acolhimento sem luz ela corpo solar para outros fome fixa balanceada sobre o lustro

as margens do corpo mudam abrindo o abismo onde cresce uma chama. chaminé demasiado estreita. ela em carência nove meses cessada

para o termo um buraco a sua voz sobe da sua fonte a sombra antiga do desejo mas a obra lhe compete e a criança nela a porta que regressa