Mostrar mensagens com a etiqueta eleonora rimolo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta eleonora rimolo. Mostrar todas as mensagens

01 maio 2019

eleonora rimolo


NIENTE TI RENDE docile creatura
nemmeno il siero che secerni
dalle mani e non coagula – solo punge
se ti strappi con le unghie ogni giorno
un filo di tessuto. A volte cerco
di sedarti, schivo i tuoi calci, ti chiedo
di attendere un nuovo germoglio
quando al mattino spettri di luce
ci risvegliano dal pallido incubo
della giovinezza.

NADA TE DEVOLVE dócil criatura
nem sequer o soro que segregas
das mãos e não coagula - só coça
se arranhares com as unhas todos os dias
um fio de tecido. Às vezes tento
acalmar-te, evito os teus pontapés, peço-te
que esperes um novo botão
quando de manhã espectros de luz
nos acordam do pálido pesadelo
da juventude



03 fevereiro 2018

eleonora rimolo

SONO IO, mi riconosci,
ho un sopracciglio che supplica
il conto, alla fine di un misero
pasto: hanno appena
asfaltato, mi dici, ora
è quasi pronto, il cortile
che ci accoglie ha perso pure
l’ultimo coriandolo di verde,
un gorgoglio ci ricorda che
esistono ancora le fogne,
scrigni oscuri, custodi ultimi
delle lenzuola che solamente
sognammo di annusare.

SOU EU, reconheces-me,
tenho uma sobrancelha que suplica
a conta no fim de uma pobre
comida : apenas
asfaltaram, dizes-me, agora
está quase pronto, o pátio
que nos alberga até perdeu
o último coentro verde,
um borbotom lembra-nos que
ainda existem os esgotos,
cofres escuros, derradeiros anjos
dos lençóis que só
sonhamos cheirar.