01 maio 2019

eleonora rimolo


NIENTE TI RENDE docile creatura
nemmeno il siero che secerni
dalle mani e non coagula – solo punge
se ti strappi con le unghie ogni giorno
un filo di tessuto. A volte cerco
di sedarti, schivo i tuoi calci, ti chiedo
di attendere un nuovo germoglio
quando al mattino spettri di luce
ci risvegliano dal pallido incubo
della giovinezza.

NADA TE DEVOLVE dócil criatura
nem sequer o soro que segregas
das mãos e não coagula - só coça
se arranhares com as unhas todos os dias
um fio de tecido. Às vezes tento
acalmar-te, evito os teus pontapés, peço-te
que esperes um novo botão
quando de manhã espectros de luz
nos acordam do pálido pesadelo
da juventude