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22 fevereiro 2007

edith azam

Mon corps de bois

Il ne faut pas me toucher : Limite –
Il ne faut pas : me toucher –
M’approcher hors-parole : Faut pas –
Il ne faut pas, il ne faut pas –
Il ne faut pas me faire blanc :
Blanc silence : Secousse sismique –
Il ne faut pas me détacher de moi –
Il ne faut pas vouloir que je quitte langage –
Il faut me laisser –
Me laisser dans la voix
Dans la voix
Dans la voix vivre mes bouleversements –
Mon corps me tient à l’écart –
Me tient à l’écart : Mon corps –
Mon corps est de bois et dans l’effarement –
Mon corps n’a pas de pulsion mais langage –
Langage d’abord : La voix –
D’abord langage pour mes limites –
Non ne pas me toucher : Surtout pas –
Ne pas m’approcher hors-parole –
Ne pas vouloir me faire dire ce qui m’appartient :
Et qu’à moi –
Ma coloration synaptique…
C’est que moi qu’elles regardent les synaptions de moi –
Il faut…
Il faut que JE pas disparaisse –
Il faut laisser, et que s’installent :
D’abord la voix –
Le corps : Après –
Il faut me laisser le temps –
Me laisser le temps de mes peurs –
Le temps de mes peurs dans la voix –
Et pour ne pas me pétrifier
Et pour ne pas me pierrifier le corps –
Mon corps n’a pas d’ambiguïté :
Quand veut caresse : JE parole –

O meu corpo de madeira

Não é preciso tocar-me: Limite –
Não é preciso: tocar-me –
Insinuar-me fora-da-palavra: não é preciso –
Não é preciso, não é preciso –
Não é preciso tornar-me em branco:
Branco silêncio: Abalo sísmico –
Não é preciso deslocalizar-me de mim –
Não é preciso querer que eu deixe a linguagem –
É preciso deixar-me –
Deixar-me na voz
Dentro da voz
Dentro da voz viver as minhas convulsões –
O meu corpo obriga-me ao desvio –
Obriga-me ao desvio: O meu corpo –
O meu corpo é de madeira e em amedrontamento –
O meu corpo não tem pulsão mas sim linguagem –
Linguagem primeiro: A voz –
Primeiro a linguagem para os meus limites –
Não, não me toquem: Sobretudo isso –
Não me desatarrachem para fora da palavra –
Não queiram que eu diga o que me pertence:
E só a mim –
A minha coloração sináptica…
Sou eu quem sou vista quando olham as sinapses de mim –
É preciso…
É preciso que Eu desapareça –
É preciso deixar, e que se instalem:
Primeiro a voz –
O corpo: Depois –
É preciso que me deixem o tempo –
O tempo dos meus medos na voz –
E para não me petrificar
E para não pedrificar o corpo –
O meu corpo não tem ambiguidade:
Quando quer carícia: Eu palavro –