Equidistante
“Voces
sombrías,
luminosas voces,
y mi voz hecha
ovillo
de silencio”.
Luisa del Valle
Silva
Una sombra propaga
sus tentáculos
adelgaza la
envoltura de la noche
me cobija en sus
dedos con firmeza
clandestina riega
las piedras negras
desmenuza los
ardores de las horas
me maquilla sin
brazos con carbones
y con tules de aire
migratorio
bordea el eco de mi
voz muerta:
Oblicua
ciega al aedo
Ramifica su boca los
perfumes finales.
Equidistante
“Vozes
sombrias,
luminosas
vozes,
minha
voz feita novelo
de
silêncio”.
Luisa
del Valle Silva
Uma
sombra propaga os seus tentáculos
adelgaça
o invólucro da noite
abriga-me
nos seus dedos com firmeza
clandestina
irriga as pedras negras
despedaça
os ardores das horas
maquilha-me
sem braços com carvões
e com
tules de ar migratório
margina
o eco da minha voz morta:
Oblíqua cega o aedo
Ramifica
a sua boca os perfumes finais.