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27 janeiro 2012

martine audet

Je fleuris le nom des tombes,
les petits pas sur le pavé
des justes.

Est-ce une façon de dorer mes mensonges ?
d’avoir raison de ce qui espère?

Les arbres, parfois,
couronnent mes efforts,
jamais les oiseaux


Viço o nome das tumbas
os pequenos passos no pavimento
dos justos

Será uma maneira de dourar as minhas mentiras?
de estar na razão de quem espera ?

As árvores, às vezes,
coroam os meus esforços
nunca os pássaros



Des machineries attendent,
les tables,
les chats attendent
et les joueurs de cartes
sous le formol des néons.

La salle est grande
― j’ai demandé à voir ―.

Je donne des coups
dans la lumière.


As maquinarias esperam,
as mesas,
os gatos esperam
e os jogadores de cartas
sob o formol do néon.

O salão é grande
–pedi para ver–

Dou golpes
na luz



J’ai un faible
pour le froissement des jours
sur une feuille,
pour la prolifération
des refus.

Je prends des oiseaux
encore chauds
dans la cendre,

des masses de bonté
pour ne pas mentir.

Tenho uma debilidade
pelo enrugamento dos dias
sobre uma folha,
pela proliferação
das recusas.

Pego em pássaros
ainda quentes
na cinza,

massas de bondade
para não mentir.



Tu colles ton front
contre mon dos.

Je voudrais partir en fumée
ou retracer tous les charniers du monde.

Je tousse
pour cacher ma peine.


Encostas a tua frente
ao meu dorso

Desejaria partir em fumo
Ou retraçar todas as valas-comuns do mundo.

Tusso
para esconder a minha pena.