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07 outubro 2020

sinéad morrissey


Genetics

My father’s in my fingers, but my mother’s in my palms.
I lift them up and look at them with pleasure –
I know my parents made me by my hands.

They may have been repelled to separate lands,
to separate hemispheres, may sleep with other lovers,
but in me they touch where fingers link to palms.

With nothing left of their togetherness but friends
who quarry for their image by a river,
at least I know their marriage by my hands.

I shape a chapel where a steeple stands.
And when I turn it over,
my father’s by my fingers, my mother’s by my palms

demure before a priest reciting psalms.
My body is their marriage register.
I re-enact their wedding with my hands.

So take me with you, take up the skin’s demands
for mirroring in bodies of the future.
I’ll bequeath my fingers, if you bequeath your palms.
We know our parents make us by our hands.


Genes

Está o meu pai nos meus dedos estando a minha mãe nas minhas palmas,
ponho-os ao alto e olho-os com prazer:
sei que os meus pais me fizeram pelas minhas mãos.

Podem ter sido separados em terras isoladas
por diferentes hemisférios, talvez maquinando com vários amantes
mas em mim tocam-se onde os dedos se unem com as palmas.

Sem outra coisa da sua união que não os amigos
que procuram tirar a sua imagem de um rio,
conheço, pelo menos, o seu matrimónio pelas minhas mãos.

Dou forma a uma capela alteada por um campanário.
E quando a rotativo
está meu pai nos meus dedos e a minha mãe nas minhas palmas

recatada perante um sacerdote que recita salmos.
O meu corpo é o registo do seu casamento.
Volto a representar a sua boda com as minhas mãos.

Assim sendo leva-me contigo, tira o que a pele exige
para se refletir em corpos futuro.
Farei legado dos meus dedos se o fizeres com as tuas palmas.
Sabemos que os nos pais nossos fazem pelas nossas mãos.