Genetics
My father’s in my
fingers, but my mother’s in my palms.
I lift them up and
look at them with pleasure –
I know my parents
made me by my hands.
They may have been
repelled to separate lands,
to separate
hemispheres, may sleep with other lovers,
but in me they touch
where fingers link to palms.
With nothing left of
their togetherness but friends
who quarry for their
image by a river,
at least I know
their marriage by my hands.
I shape a chapel
where a steeple stands.
And when I turn it
over,
my father’s by my
fingers, my mother’s by my palms
demure before a
priest reciting psalms.
My body is their
marriage register.
I re-enact their
wedding with my hands.
So take me with you,
take up the skin’s demands
for mirroring in
bodies of the future.
I’ll bequeath my
fingers, if you bequeath your palms.
We know our parents
make us by our hands.
Genes
Está
o meu pai nos meus dedos estando a minha mãe nas minhas palmas,
ponho-os
ao alto e olho-os com prazer:
sei
que os meus pais me fizeram pelas minhas mãos.
Podem
ter sido separados em terras isoladas
por
diferentes hemisférios, talvez maquinando com vários amantes
mas
em mim tocam-se onde os dedos se unem com as palmas.
Sem
outra coisa da sua união que não os amigos
que
procuram tirar a sua imagem de um rio,
conheço,
pelo menos, o seu matrimónio pelas minhas mãos.
Dou
forma a uma capela alteada por um campanário.
E
quando a rotativo
está
meu pai nos meus dedos e a minha mãe nas minhas palmas
recatada
perante um sacerdote que recita salmos.
O
meu corpo é o registo do seu casamento.
Volto
a representar a sua boda com as minhas mãos.
Assim
sendo leva-me contigo, tira o que a pele exige
para
se refletir em corpos futuro.
Farei
legado dos meus dedos se o fizeres com as tuas palmas.
Sabemos
que os nos pais nossos fazem pelas nossas mãos.