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12 novembro 2016

rosa berbel

Poética del miedo

Deseo que este miedo no desaparezca
que conste férreo en todos
y en cada uno de los poemas que escriba
como una talla lenta
como un secreto apresurado

yo
deseo en toda mi generosidad y en mi palidez
desde las ruinas enfermas y desde el éxtasis
deseo
que el miedo se convierta en mi epitafio:

tengo miedo
soy un animal del miedo
soy incluso una bestia del miedo y beso
en mi inocencia
cientos de flores diminutas
decenas de cuerpos anónimos
y grito que este es mi jardín
que ahora este de aquí
es mi terror aséptico así
un miedo casi blanco casi transparente
casi hueco
un miedo casi adulto me nace del estómago
y me miente.


Poética do medo

Desejo que este medo não desapareça
que conste férreo em todos
e cada um dos poemas que escrever
como uma talha lenta
como um secreto apressurado

eu
desejo em toda a minha generosidade e palidez
a partir das ruínas enfermas e do êxtase
desejo
que o medo se converta no meu epitáfio:

tenho medo
sou um animal do medo
sou mesmo uma besta do medo e beijo
em minha inocência
centenas de flores diminutas
dezenas de corpos anónimos
e grito que este é o meu jardim
que agora o que está aqui
é o meu terror asséptico assim
um medo quase branco quase transparente
quase oco
um medo quase adulto nasce-me do estômago
e mente-me.