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05 fevereiro 2019

sandrine davin



Lettre d’un soldat

Sur un sol nauséabond
Je t’écris ces quelques mots
Je vais bien, ne t’en fais pas
Il me tarde, le repos.
Le soleil toujours se lève
Mais jamais je ne le vois
Le noir habite mes rêves
Mais je vais bien, ne t’en fais pas…

Les étoiles ne brillent plus
Elles ont filé au coin d’une rue,
Le vent qui était mon ami
Aujourd’hui, je le maudis.

Mais je vais bien, ne t’en fais pas…

Le sang coule sur ma joue
Une larme de nous
Il fait si froid sur ce sol
Je suis seul, je décolle.

Mais je vais bien, ne t’en fais pas…

Mes paupières se font lourdes
Le marchand de sable va passer
Et mes oreilles sont sourdes
Je tire un trait sur le passé.

Mais je vais bien, ne t’en fais pas…

Sur un sol nauséabond
J’ai écrit ces quelques mots
Je sais qu’ils te parviendront
Pour t’annoncer mon repos.

Je suis bien, ne t’en fais pas …

Carta de um soldado

Em chão nauseabundo
escrevo-te estas palavras
Estou bem, não te preocupes
Preciso de repouso.
O sol sempre se alça
Mas nunca o vejo
O negro habita os meus sonhos
Mas eu estou bem, não te preocupes

As estrelas já não brilham
Acantonaram-se numa esquina de uma rua
O vento que era meu amigo
As estrelas não estão mais brilhando
Elas estão girando na esquina de uma rua
O vento que era meu amigo
Está hoje amaldiçoado por mim.

Mas eu estou bem, não te preocupes

Flui o sangue nas minhas róseas
Uma lágrima de nós
É tão frio este chão
Eu estou sozinho, descolo.

Mas eu estou bem, não te preocupes

Minhas pálpebras ficam pesadas
O comerciante de areia passa
E meus ouvidos estão surdos
Traço uma linha sobre o passado.

Mas eu estou bem, não te preocupes

Em chão nauseabundo
escrevi estas poucas palavras
Sei que eles vão assediar-te
Para anunciar o meu descanso.

Mas eu estou bem, não te preocupes