Mostrar mensagens com a etiqueta martha kornblith. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta martha kornblith. Mostrar todas as mensagens

02 janeiro 2012

martha kornblith

Dime Jessy Jones,
¿no crees que mi odio sea analizable?


Me citan.
Me controlan.
Me dosifican.


Dime Jessy Jones,
cuáles son los caminos que conducen a Bridge Town,
Cinamon City, Orson Gate.
donde caigo de bruces frente a la palabra,
que en definitiva es él,
y entonces la rabia cede.

Así soy yo:
la rabia regresa junto con el aburrimiento.
¿Sería mi aburrimiento mi histeria?, dijo Barthes,
para eludirlo, disfruto una ceniza quemándome el centro del cuello,
la nada, el detalle sin fuerza.


Así soy yo:
busco tu nombre en la guía telefónica,
llamo y cuelgo.

Perdóname, reconociste el sonido de los grillos en mi cuarto,
sabías que era yo (era la una de la madrugada),
solté un brinco, tomé una ducha y exclamé frente al espejo:
estoy en él, vivo en él,
dormí suavemente, con voluntad.


Esta es mi lógica interna:
suicidarme se ha convertido en mi divertimiento, mi vocación:
hace días, tomé quince fármacos y lo llamé para decirle
que era la única forma de lograr que me atendiera.

Así soy yo (manipuladora):
invento nombres de ciudades, no porque signifiquen, sino
para darle un ritmo al poema. 


Vamos Jessy Jones a Bridge Town, Cinamon City, Orson Gate,
allí donde la rabia cede y yo voy con botas, un abrigo y un
blue jean a un café citadino. 

En él, varios poetas se interesan
por el suicidio como una elección personal de la muerte.
Esos bares, paradójicamente, son tremendamente insomnes,
insuflados de vida.
En definitiva, nadie es capaz de decidirse.


Dime Jessy Jones,
¿no crees que mi odio sea analizable?


Por favor, culpa al contexto,
rompe el límite.


Así es mi rabia:
me persigue, me hace ir del vértice del bien al mal.


Odio,
manipulo,
me autodigo puta loca, loca puta,


llamo y cuelgo,
cuando desaparece
digo gracias.


Dime Jessy Jones,
¿no crees que los verdaderos limitados son los médicos?

Este poema tiene su historia secreta:
nace de un sueño
muy personal,
un sueño-libro. 


Trama, desenlace, paradoja
concluye (como nunca me suele ocurrir).
¿Eras tú, Jessy Jones, quien me decía que llevara más dinero [al colegio?
De niña desarrollé una gran habilidad para robarlo de mis
compañeritas.
Colegio, casa, parque.


¿Eras tú, Jessy Jones, o el espectro de la rabia, o del amor,
o de la madre?


Ella:
buscó amor en los conciliábulos médicos,
intercambió roles, rompió los límites para idear una relación
formal amorosa imposible.


Ella:
no tiene criterio de realidad,
desea más allá de lo deseado,
no tolera las frustraciones.


Ella:
se enamoró primero de su jefe (lugar común),
la apedrearon por loca,
ese fue el antecedente de la primera consulta
deprimida.


Ellos levantaron el telón,
el síntoma: su fracaso para realizar la expectativa.


Ella no tolera que le nieguen algo,
le dieron un mundo de confort, mármol y oro,
forma berrinches,
tira las puertas,
odia que la ignoren,
aunque a veces busca brillar por su ausencia y cuando
se suicida
olvida que no hay nada más olvidado que un muerto.


La gente, comentaba Chaplin, me pregunta cómo se me ocurren
las ideas. Ellas nacen de un deseo incesante de tenerlas.


Tú eres la palabra:
mientras más me rechaza más la busco,
cuando la encuentro, puede que me acaricie o me maltrate,
se queda por tan sólo un instante, y luego se va con otra. 


Tú eres la palabra:
me apedreas por grosera,
te saco provecho literario,
te quiero joder.






Diz-me Jessy Jones,
não achas que o meu ódio seja analisável?

Marcam-me consultas
Controlam-me.
Receitam-me

Diz-me Jessy Jones
quais são os caminhos que levam a Bridge Town,
Cinamon City, Orson Gate.
onde caio de bruços diante da palavra
que definitivamente ele é
e então a raiva cede.
Dime Jessy Jones,

Assim sou eu:
a raiva regressa juntamente com o tédio.
Seria o meu tédio a minha histeria?, disse Barthes
para me esquivar, desfruto duma cinza queimando-me o centro do pescoço,
o nada, o detalhe sem força.

Assim sou eu:
procuro um nome na lista telefónica
chamo e desligo.

Perdoa-me, reconheceste o som dos grilos no meu quarto,
sabias que era eu (era uma da manhã)
tirei um brinco, tomei um duche e exclamei diante do espelho:
estou nele, vivo nele,
dormi suavemente, com vontade.

Esta é a minha lógica interna:
suicidar-me converteu-se no meu divertimento, na minha distração:
há uns dias engoli quinze comprimidos e chamei-o para lhe dizer
que essa era a única maneira de conseguir que ele me atendesse.

Assim sou eu (manipuladora):
invento nomes de cidades, não porque signifiquem, antes
para dar um ritmo ao poema.


Vamos Jessy Jones a Bridge Town, Cinamon City, Orson Gate,
aí onde a raiva cede e eu vou de botas, um abrigo e um
blue jeans a um café citadino. Aí vários poetas se interessam
pelo suicidio como uma escolha pessoal da morte.
eEsses bares, paradoxalmente, são tremendamente insones,
insuflados de vida.
De forma definitiva ninguém é capaz de se decidir.


Diz-me Jessy Jones
não achas que o meu ódio seja analisável?
Por favor, culpa o contexto,
rompe o limite.


Assim é a minha raiva:
Persegue-me, faz-me ir do vértice do bem ao mal.
Odeio,
Manipulo.
autodigo-me puta louca, louca puta,
chamo e desligo,
quando desaparece
digo obrigado.

Diz-me Jessy Jones
Não achas que os verdadeiros limitados são os médicos?

Este poema tem a sua história secreta:
Nasce de um sonho
Muito pessoal,
Um sonho-livro.


Trama, desenlace, paradoxo
conclui (como nunca costuma acontecer-me).
Eras tu. Jessy Jones, quem me dizia para levar mais dinheiro para o colégio?
De pequena desenvolvi uma grande habilidade para o roubar às minhas coleguinhas.
Colégio, casa, parque.
Eras tú, Jessy Jones ou o espectro da raiva, ou do amor,
Ou da mãe?

Ela:
Procurou amor nos conciliábulos médicos,
trocou papéis, rompeu os limites para idealizar uma relação
formal amorosa impossível.

Ela:
não tem criterio de realidade
deseja para além do desejado,
não tolera as frustrações.

Ela:
enamorou-se primeiro do seu chefe (lugar comum),
apedrejaram-na como a uma louca,
foi esse o antecedente da primeira consulta
deprimida
Levantaram o pano de boca,
o sintoma: o seu fracasso para realizar a expectativa.

Ela não tolera que lhe neguem seja o que for.
deram-lhe um mundo de confort, mármore e ouro,
faz birras,
atira com as portas,
odeia que a ignorem,
embora às vezes procure brilhar pela sua ausência e quando
se suicida
esquece que não há nada mais esquecido que um morto.

As pessoas, comentava Chaplin, perguntam –me como me acontecem
as ideias. Elas nascem de um desejo incesante de as ter.

Tu és a palabra:
quanto mais me repulsa mais a procuro,
quando a encontro, pode ser que me acaricie ou me maltrate,
fica apenas por um instante e depois vai com outra.
Tu és a palavra:
Apedrejas-me como a uma grosseira,
tiro de ti proveito literário
quero foder-te